Dois ataques reivindicados por talibãs fazem seis mortos no Afeganistão
Um ataque suicida com recurso a um veículo armadilhado fez três mortos em Kandahar, Afeganistão, e três outras pessoas morreram num atentado na zona oriental da província afegã de Ghazni, disseram hoje as autoridades locais.
© Getty Images
Mundo Afeganistão
Os dois ataques foram reivindicados pelos talibãs.
Em Kandahar, o bombista suicida conduzia um veículo armadilhado e fez três mortos e 14 feridos, de acordo com Bahir Ahmadi, porta-voz do governo provincial.
Ahmadi acrescentou que guardas que se encontravam num quartel aperceberam-se da passagem de um "camião suspeito" e abriram fogo antes de o veículo embater no edifício onde se encontravam.
Aparentemente os disparos fizeram explodir a carga armadilhada atingindo vários edifícios vizinhos, incluindo a residência do chefe da polícia local e um departamento administrativo.
Em Ghazni, um ataque com uma bomba colocada numa estrada provocou a morte ao chefe da polícia do distrito de Dayak e a dois guarda-costas, de acordo com declarações do governador da província, Wahidullah Jamazada.
O chefe da polícia encontrava-se a fazer uma inspeção aos postos instalados na estrada quando foi atingido pela deflagração.
Por outro lado, o Ministério da Defesa do Afeganistão disse que soldados conseguiram repelir na terça-feira um ataque talibã na região ocidental da província de Nangarhar.
De acordo com o Ministério da Defesa "vinte talibãs foram mortos, incluindo o líder do grupo atacante".
As forças talibãs não reclamaram o ataque de Nangarhar nem divulgaram qualquer comunicado sobre os acontecimentos referidos pelo governo de Cabul.
O Afeganistão tem registado um aumento da violência e a maior parte dos ataques tem sido reclamada por grupos ligados aos extremistas do Estado Islâmico.
Mesmo assim, os talibãs e as forças regulares afegãs têm-se acusado mutuamente de ataques em todo o país, apesar dos esforços para novos contactos no sentido de conversações de paz diretas entre as duas partes.
Os talibãs acusam o governo de ataques contra casas de elementos "insurgentes", incluindo familiares.
Cabul acusa os talibãs de ações armadas contra civis e elementos das forças de segurança.
A violência tem sido o principal obstáculo às negociações entre os talibãs e o governo de Cabul.
As conversações foram iniciadas pelos contactos entre os Estados Unidos e os talibãs, em fevereiro, numa tentativa de pôr fim a 19 anos de conflito no Afeganistão.
Nos contactos de fevereiro foi acordada a libertação de cinco mil prisioneiros talibãs, presos em Cabul, em troca de cerca de mil pessoas que os talibãs mantinham cativas, sobretudo elementos das forças de segurança.
Até ao momento, o governo libertou 4.015 "insurgentes" e os talibãs colocaram em liberdade 669 cativos, de acordo com números divulgados por Cabul.
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