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Dois ataques reivindicados por talibãs fazem seis mortos no Afeganistão

Um ataque suicida com recurso a um veículo armadilhado fez três mortos em Kandahar, Afeganistão, e três outras pessoas morreram num atentado na zona oriental da província afegã de Ghazni, disseram hoje as autoridades locais. 

Dois ataques reivindicados por talibãs fazem seis mortos no Afeganistão
Notícias ao Minuto

10:50 - 08/07/20 por Lusa

Mundo Afeganistão

Os dois ataques foram reivindicados pelos talibãs.  

Em Kandahar, o bombista suicida conduzia um veículo armadilhado e fez três mortos e 14 feridos, de acordo com Bahir Ahmadi, porta-voz do governo provincial.

Ahmadi acrescentou que guardas que se encontravam num quartel aperceberam-se da passagem de um "camião suspeito" e abriram fogo antes de o veículo embater no edifício onde se encontravam.  

Aparentemente os disparos fizeram explodir a carga armadilhada atingindo vários edifícios vizinhos, incluindo a residência do chefe da polícia local e um departamento administrativo.

Em Ghazni, um ataque com uma bomba colocada numa estrada provocou a morte ao chefe da polícia do distrito de Dayak e a dois guarda-costas, de acordo com declarações do governador da província, Wahidullah Jamazada

O chefe da polícia encontrava-se a fazer uma inspeção aos postos instalados na estrada quando foi atingido pela deflagração. 

Por outro lado, o Ministério da Defesa do Afeganistão disse que soldados conseguiram repelir na terça-feira um ataque talibã na região ocidental da província de Nangarhar.

De acordo com o Ministério da Defesa "vinte talibãs foram mortos, incluindo o líder do grupo atacante". 

As forças talibãs não reclamaram o ataque de Nangarhar nem divulgaram qualquer comunicado sobre os acontecimentos referidos pelo governo de Cabul

O Afeganistão tem registado um aumento da violência e a maior parte dos ataques tem sido reclamada por grupos ligados aos extremistas do Estado Islâmico.

Mesmo assim, os talibãs e as forças regulares afegãs têm-se acusado mutuamente de ataques em todo o país, apesar dos esforços para novos contactos no sentido de conversações de paz diretas entre as duas partes. 

Os talibãs acusam o governo de ataques contra casas de elementos "insurgentes", incluindo familiares.

Cabul acusa os talibãs de ações armadas contra civis e elementos das forças de segurança.  

A violência tem sido o principal obstáculo às negociações entre os talibãs e o governo de Cabul.

As conversações foram iniciadas pelos contactos entre os Estados Unidos e os talibãs, em fevereiro, numa tentativa de pôr fim a 19 anos de conflito no Afeganistão. 

Nos contactos de fevereiro foi acordada a libertação de cinco mil prisioneiros talibãs, presos em Cabul, em troca de cerca de mil pessoas que os talibãs mantinham cativas, sobretudo elementos das forças de segurança. 

Até ao momento, o governo libertou 4.015 "insurgentes" e os talibãs colocaram em liberdade 669 cativos, de acordo com números divulgados por Cabul.

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