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Floyd: Sánchez solidário com protestos e contra resposta autoritária

O primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, expressou hoje a sua solidariedade com as manifestações nos Estados Unidos da América após a morte de George Floyd e mostrou-se preocupado com as formas "autoritárias" de resposta aos protestos.

Floyd: Sánchez solidário com protestos e contra resposta autoritária
Notícias ao Minuto

16:12 - 03/06/20 por Lusa

Mundo Floyd

Numa sessão no parlamento espanhol para discutir a extensão do estado de emergência no país, o chefe do executivo considerou que todos deveriam unir-se para combater o que considera ser "o mal do nosso tempo", a ultradireita, e manifestou a sua solidariedade com as manifestações.

As manifestações "têm na sua génese alguns dos elementos mais difíceis na construção de um grande país", disse, manifestando respeito pelos Estados Unidos.

A posição de Pedro Sánchez foi tomada depois de vários deputados, principalmente de grupos minoritários nacionalistas e independentistas de esquerda e extrema-esquerda, se terem referido aos protestos violentos que estão a ter lugar nos Estados Unidos na sequência da morte do americano de origem africana George Floyd às mãos de agentes da "polícia branca".

Jaume Asens, líder parlamentar do Unidas Podemos (extrema-esquerda), que faz parte da coligação governamental minoritária liderada pelo Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE), também considerou que a violência nos Estados Unidos não era uma luta racial, mas "a luta de pessoas decentes contra o racismo".

Por seu lado, o líder do Vox (extrema-direita), Santiago Abascal, criticou o facto de Pedro Sánchez ter manifestado a sua solidariedade com as manifestações "violentas" dos "antifa", tendo, no entanto, defendido uma "sentença de prisão perpétua", por "assassínio", para o polícia acusado de matar George Floyd.

Abascal sublinhou que o lema de alguns dos protestos - "Não posso respirar" - poderia também ser o slogan das mobilizações em Espanha, porque foi "o que disseram muitos espanhóis a quem foram recusados respiradores nas unidades de cuidados intensivos".

Espanha é um dos países mais atingidos pela pandemia de covid-19 que, a nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, já provocou mais de 380 mil mortos e infetou mais de 6,4 milhões de pessoas em 196 países e territórios.

George Floyd, um afro-americano de 46 anos, morreu em 25 de maio, em Mineápolis (Minnesota), depois de um polícia branco lhe ter pressionado o pescoço com um joelho durante cerca de oito minutos numa operação de detenção, apesar de Floyd dizer que não conseguia respirar.

Desde a divulgação das imagens nas redes sociais, têm-se sucedido os protestos contra a violência policial e o racismo em dezenas de cidades norte-americanas, algumas das quais foram palco de atos de pilhagem.

Pelo menos 9.000 mil pessoas foram detidas e o recolher obrigatório foi imposto em várias cidades, incluindo Washington e Nova Iorque.

Os quatro polícias envolvidos no incidente foram despedidos, e o agente Derek Chauvin, que colocou o joelho no pescoço de Floyd, foi detido, acusado de assassínio em terceiro grau e de homicídio involuntário.

A morte de Floyd ocorreu durante a sua detenção por suspeita de ter usado uma nota falsa de 20 dólares (18 euros) numa loja.

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