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Filipinas recuam e suspendem saída de tratado militar com Estados Unidos

As Filipinas anunciaram hoje a manutenção de um tratado militar com os Estados Unidos, suspendendo um processo de saída iniciado em fevereiro pelo Presidente Rodrigo Duterte, que acusou Washington de tentar interferir na política filipina de combate ao narcotráfico.

Filipinas recuam e suspendem saída de tratado militar com Estados Unidos
Notícias ao Minuto

19:18 - 02/06/20 por Lusa

Mundo Filipinas

O aviso da saída do pacto militar foi feito por Manila em 11 de fevereiro, dando início a um processo que ficaria oficializado num prazo de seis meses.

O pacto, designado como "Acordo das Forças Visitantes" (VFA, na sigla em inglês) e que une os dois países desde 1998, constitui um quadro legal sobre a presença de tropas norte-americanas nas Filipinas e a organização de exercícios militares conjuntos.

"O término do tratado VFA foi suspenso por ordem do Presidente", indicou o secretário das Relações Exteriores filipino, Teodoro Locsin, numa mensagem publicada na rede social Twitter.

A mensagem de Teodoro Locsin incluía a notificação às autoridades norte-americanas, que justificava a suspensão do processo de saída.

"Devido a acontecimentos de ordem política e a outros desenvolvimentos na região, a rescisão do acordo (...) está suspensa", indicava a notificação, que não especificava quais são os acontecimentos e desenvolvimentos referenciados.

A embaixada dos Estados Unidos nas Filipinas "saudou", por seu lado, a decisão do Presidente Rodrigo Duterte.

"A nossa aliança de longa data beneficiou os dois países e pretendemos continuar em estreita cooperação com as Filipinas em questões de segurança e de defesa", acrescentou a representação diplomática norte-americana.

Figura controversa, Rodrigo Duterte, eleito Presidente em 2016, ameaçou em diversas ocasiões acabar com a aliança com os Estados Unidos, antiga potência colonial, em benefício da Rússia ou da China, o que alteraria o equilíbrio de poderes naquela região.

O anúncio da saída de Manila do tratado VFA foi motivado pela anulação por parte dos Estados Unidos de um visto para o ex-chefe da polícia filipina Ronald Dela Rosa, atualmente senador, que é considerado como o principal arquiteto da controversa estratégia do poder filipino contra o narcotráfico, acusado de realizar milhares de execuções extrajudiciais.

Quando Manila anunciou a intenção de sair do acordo, o Presidente norte-americano, Donald Trump, minimizou a decisão, afirmando: "Se querem fazer isso, tudo bem, vamos poupar muito dinheiro".

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