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Vaticano defende migrantes internos com mesmos direitos que refugiados

O Vaticano defendeu hoje que os migrantes internos devem ter as mesmas proteções legais que os refugiados e que os seus filhos tenham direito a certidão de nascimento, educação e que sejam reunidos com os pais.

Vaticano defende migrantes internos com mesmos direitos que refugiados
Notícias ao Minuto

14:48 - 05/05/20 por Lusa

Mundo Vaticano

O Vaticano publicou hoje diretrizes pastorais sobre o cuidado das mais de 40 milhões de pessoas que se crê estarem nesta situação, migrantes forçados a deixar as suas casas devido a conflitos, desastres naturais ou perseguição, que não atravessam fronteiras internacionais para procurar asilo noutro país.

A situação dos refugiados é uma das marcas do papado de Francisco, que tem pedido aos países que recebam, protejam, promovam e integrem qualquer pessoa que seja forçada a deixar a sua casa.

As novas diretrizes aplicam o mesmo apelo aos migrantes internos e estabelecem as formas como a Igreja Católica pode ajudar através da defesa, educação, apoio e assistência espiritual.

No documento, o Vaticano pede que os migrantes internos recebam as mesmas proteções humanitárias previstas pela ONU para os refugiados, sublinhando que em jogo estão as mesmas forças e vulnerabilidades.

O Vaticano afirma ainda que a Igreja deve defender a reunificação das famílias, nos casos das crianças separadas dos pais, e que os governos sejam pressionados para emitir certidões de nascimento para os filhos destes migrantes, de forma a evitar novas gerações de crianças apátridas.

Por outro lado, acrescenta, a própria Igreja Católica pode intervir para emitir os seus próprios formulários de identificação, através de documentos escolares ou certificados de batismo para católicos.

O cardeal Michael Czerney, o principal conselheiro do Papa Francisco em matéria de migração, apresentou hoje as novas diretrizes, sublinhando que seguem outras emitidas para o cuidado pastoral de refugiados e vítimas de tráfico de pessoas.

A coordenadora internacional do Serviço Jesuíta aos Refugiados, Amaya Valcarcel, citada pela agência de notícias Associated Press, disse que o principal problema das pessoas deslocadas internamente é a sua "invisibilidade", e que os grupos de ajuda externa têm, geralmente, dificuldade em alcançá-las por causa das restrições dos governos no acesso dentro das próprias fronteiras.

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