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Nova Iorque aumenta presença policial em áreas judaicas devido a ataques
O presidente da Câmara de Nova Iorque, Bill de Blasio, anunciou hoje um reforço do policiamento em bairros onde a população judaica está concentrada, após pelo menos seis ataques antissemitas terem sido registados esta semana.
© Reuters
Mundo Antissemitismo
"À luz dos recentes ataques antissemitas, a polícia de Nova Iorque aumentará a sua presença em Boro Park, Crown Heights e Williamsburg", disse o autarca, referindo-se às áreas onde vive a grande população judaica da cidade
"Qualquer pessoa que aterrorize a nossa comunidade judaica enfrentará a justiça", avisou o presidente da câmara, acrescentando que em Nova Iorque " não há lugar para o ódio".
As declarações foram feitas após o último ataque a três mulheres judias, que foram agredidas e insultadas na madrugada de hoje, por Tiffany Harris, de 30 anos, moradora em Brooklyn.
Embora as vítimas não tenham ficado gravemente feridas, a polícia desenvolveu uma operação para identificar Harris, tendo encontrado a mulher perto do local do ataque, sendo a mesma acusada de assédio por um crime de ódio.
Além disso, a polícia prendeu na quinta-feira um homem sem-abrigo que atacou outra mulher judia e o seu filho de 3 anos, tendo-a também insultado, dizendo que o seu "fim está a chegar".
No mesmo dia, as autoridades informaram que quatro ataques antissemitas estavam a ser "ativamente" investigados em Brooklyn e Manhattan.
Estes ataques coincidem no mesmo mês em que cinco pessoas foram mortas num ataque antissemita perpetrado por dois agressores num supermercado 'kosher' em Jersey City, no estado vizinho de Nova Jersey, no qual dois judeus morreram.
A União das Organizações Judaicas de Williamsburg e North Brooklyn (Nova Iorque) lamentou esta semana via Twitter o ataque, escrevendo que "isso nunca acaba", tendo ainda denunciado que houve cinco ataques durante as férias judaicas de Chanukah, que começaram na semana passada.
Por sua vez, o conselheiro da bancada judaica do Conselho da Cidade de Nova Iorque, Chaim Deutsch, disse que "enquanto o mundo celebra a sua temporada de festas, os judeus de Nova Iorque são espancados nas ruas".
Deutsch também afirmou que a segurança dos judeus "é um direito, não um privilégio".
"Não podemos nem passar os oito dias de Hanukah sem um crime de ódio em Nova Iorque", acrescentou o conselheiro no Twitter.
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