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Alemanha lamenta expulsão de diplomatas da embaixada em Moscovo

O governo alemão lamentou hoje que a Rússia tenha declarado "persona non grata" dois funcionários da embaixada de Berlim em Moscovo na sequência da expulsão de dois diplomatas russos pela Alemanha.

Alemanha lamenta expulsão de diplomatas da embaixada em Moscovo
Notícias ao Minuto

11:36 - 12/12/19 por Lusa

Mundo Rússia

O governo de Moscovo anunciou hoje a expulsão de dois diplomatas alemães, depois de o governo alemão ter expulsado dois funcionários da embaixada da Rússia na Alemanha pela alegada falta de cooperação de Moscovo na investigação ao assassínio de um cidadão tchetcheno de origem georgiana em Berlim.

O Executivo alemão "toma nota com pesar a decisão do governo russo de declarar 'persona non grata' dois empregados da embaixada da Alemanha em Moscovo", disse o Ministério dos Negócios Estrangeiros de Berlim acrescentando que a Rússia está a "lançar uma mensagem injustificada".

Um comunicado da diplomacia alemã recorda que no passado dia 4 de dezembro, o Ministério dos Negócios Estrangeiros alemão declarou "persona non grata" dois funcionários da embaixada russa porque as autoridades de Moscovo não colaboraram de forma suficiente no esclarecimento sobre o assassinato.

Para Berlim, a "colaboração série e célere das autoridades russas continua a ser imprescindível".

A justiça alemã considera existirem "firmes suspeitas" de que a vítima, Zelimjá Jangoshvili, 40 anos, conhecido também pelo nome de Tornike K., foi assassinado por um cidadão russo identificado como Vadim K., ou Vadim S., que terá assassinado o cidadão tchetcheno atingindo-o a tiro na cabeça, num jardim do centro de Berlim.

O Kremlin nega qualquer envolvimento do Estado russo no assassinato qualificando de "infundadas" as acusações publicadas pela imprensa alemã.

A vítima, um veterano da guerra da Tchetchénia, integrou as forças rebeldes contra a Rússia e mais tarde fez parte de um corpo de segurança na Geórgia.

O alegado assassino foi inicialmente identificado pela imprensa russa como Vadím Sokolov, mas segundo o portal de investigação The Bellingcat chama-se Vladimir Krasikov e está envolvido num outro assassinato cometido em 2013, em Moscovo.

Durante a cimeira sobre o conflito ucraniano que decorreu na Normandia, França, esta semana, o presidente russo, Vladimir Putin, disse que Jangoshvilli era um "terrorista" e um "cruel sanguinário" que esteve implicado nos atentados no metropolitano de Moscovo.

O chefe de Estado russo disse também que Moscovo solicitou várias vezes, sem êxito, a extradição de jangoshvilli, mas o governo alemão garantiu na quarta-feira que não tomou conhecimento do pedido da Rússia nesse sentido.

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