Comissão Europeia prepara "fase permanente" do mecanismo 'rescEU'
O comissário para a Ajuda Humanitária e Gestão de Crises informou hoje que a Comissão Europeia está a preparar a "fase permanente" do mecanismo de ajuda e resposta a catástrofes a nível europeu, o "rescEU".
© Reuters
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"Neste verão, a frota de transição 'rescEU' operou pela primeira vez para combater incêndios florestais na Grécia. Foi o primeiro teste, não em teoria, mas na prática. E o 'rescEU passou neste primeiro teste difícil, com a melhor pontuação. Agora, estamos a preparar a fase permanente", adiantou Christos Stylianides.
O comissário europeu falava aos jornalistas no Centro de Capacitação da GNR, no Seixal, distrito de Setúbal, onde assistiu ao exercício Eu Modex, com mais de 400 operacionais europeus, que testaram a capacidade de resposta a um sismo em Lisboa e Setúbal.
Para o comissário, "a preparação para desastres é a chave para salvar vidas", pelo que a preparação e treino das equipas de resgate foi assumida como uma "prioridade" pela Comissão Europeia, através do Mecanismo Europeu de Proteção Civil, conhecido como "rescEU".
Até agora, a iniciativa encontrava-se na fase de transição, mas, segundo Christos Stylianides, está "pronto para apoiar os Estados-Membros quando as suas capacidades nacionais estão sobrecarregadas".
"A Europa nunca esteve tão bem preparada para enfrentar emergências, como incêndios florestais. O nosso compromisso será sempre por uma Europa que proteja, por uma Europa que salva vidas, por uma Europa de solidariedade", garantiu.
Em setembro, o Ministério da Administração Interna indicou que Portugal estava a participar nas três 'task teams' constituídas para apoiar neste projeto em três áreas prioritárias: emergência médica, combate a incêndios e incidentes envolvendo agentes nucleares, radiológicos, biológicos ou químicos.
Neste sentido, o comissário referiu que Portugal "tem sido um parceiro-chave" para fortalecer o sistema de proteção civil, afirmando que continuará a ter "um papel importante na próxima fase permanente do 'rescUE'".
Também o ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, lembrou como a "tragédia" dos incêndios florestais de 2017 "foi vista como uma oportunidade para mudar radicalmente o Mecanismo Europeu de Proteção Civil", numa estratégia assente no conceito de 'rescue' [resgatar].
"É fundamental na dotação da europa com meios de entreajuda relativamente a incêndios rurais que ocorrem tanto em Portugal, como na Grécia ou na Suécia, como vimos no ano passado", lembrou.
Assim, o Governo português assumiu hoje o compromisso de continuar a apoiar a Comissão Europeia, particularmente para que "o apoio na área da emergência médica seja também uma prioridade à escala europeia".
"Neste momento, estamos a discutir o mecanismo financeiro para o período de 2021-2027. Portugal apoia inteiramente o significativo reforço de meios na área da ajuda humanitária e da gestão de crises", adiantou.
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