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Turquia acusa Benjamin Netanyahu de "racismo flagrante"

A Turquia acusou hoje o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, de "racismo flagrante", depois de o líder israelita dizer que o seu país não é o Estado-nação de todos os seus cidadãos, mas "apenas do povo judeu".

Turquia acusa Benjamin Netanyahu de "racismo flagrante"
Notícias ao Minuto

11:12 - 12/03/19 por Lusa

Mundo Erdogan

"Eu condeno esse racismo flagrante e essa discriminação", declarou Ibrahim Kalin, porta-voz do Presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, numa mensagem publicada na rede social Twitter.

"Um milhão e seiscentos mil árabes/muçulmanos vivem em Israel. Os Governos ocidentais vão reagir ou, mais uma vez, manterão o silêncio sob pressão?", acrescentou Kalin.

No domingo, Netanyahu reiterou que Israel não é o Estado-nação "de todos os seus cidadãos", mas "apenas do povo judeu", excluindo a população árabe do país, em plena campanha para as eleições legislativas de 09 de abril.

Netanyahu publicou estas declarações na rede social Instagram após uma controvérsia impulsionada pelas palavras da atriz Rotem Selah, realizada no dia anterior nessa mesma rede social.

A popular atriz e modelo escreveu um texto defendendo os direitos da minoria árabe, que representa 17,5% da população, alegando que "o Estado de Israel é o Estado de todos os seus cidadãos".

Netanyahu respondeu afirmando que todos os cidadãos, incluindo os árabes, gozavam de direitos iguais, mas lembrou a existência de uma lei controversa, aprovada no ano passado, que afirma que Israel é nação do povo judeu.

"Israel não é o Estado de todos os seus cidadãos", escreveu Netanyahu, acrescentando que devido "à lei fundamental da nação" que foi adotada, "Israel é o Estado-nação do povo judeu e unicamente do povo judeu".

Netanyahu foi acusado pela oposição de ter demonizado os árabes-israelitas antes das eleições, com o objetivo de aumentar a taxa de participação no sufrágio dos eleitores de direita.

Os árabes-israelitas são na maioria palestinianos que permaneceram em suas terras após a criação de Israel em 1948 e que apoiam a causa da Palestina.

Erdogan, um firme defensor da causa palestiniana, critica regularmente a política israelita, apesar de um degelo nas relações entre Ancara e Israel em 2016, após vários anos de crise diplomática.

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