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Pelo menos 25 civis tuaregues mortos na fronteira entre o Mali e a Níger

Pelo menos 25 civis tuaregues foram mortos durante o fim-de-semana por um grupo armado no nordeste do Mali, perto da fronteira com a Níger, avançaram hoje fontes locais à agência France-Presse.

Pelo menos 25 civis tuaregues mortos na fronteira entre o Mali e a Níger
Notícias ao Minuto

15:37 - 01/10/18 por Lusa

Mundo Ataque

"Sexta-feira e sábado, pelo menos 25 civis tuaregues foram mortos por homens armados em Amalaoulaou", disse à AFP um político local.

Um grupo armado, de maioria tuaregue e que combate 'jihadistas' na região, reportara uma "avaliação provisória" de "sete civis mortos" no sábado, durante um ataque naquela zona.

Os atacantes, que se faziam transportar em motas, "dispararam contra todos os habitantes indiscriminadamente, com o rosto escondido em turbantes", disse o mesmo político, sob anonimato.

De acordo com uma fonte de segurança do Mali, "os atacantes, que mataram pelo menos 25 civis, tinham um plano de ataque".

Um político da região precisou que os mortos pertenciam "quase todos à mesma tribo tuaregue e foram enterrados pelos seus pais.

"Os 'jihadistas' são acusados de serem responsáveis por este crime", acrescentou, considerando a hipótese de um ajuste de contas entre diferentes comunidades tuaregues não está "excluída".

A 25 de setembro, o Ministério da Segurança do Mali registou 27 mortos perto de Menaka, principal cidade da região, depois de "confrontos entre membros da comunidade" tuaregue.

Cerca de 200 pessoas, entre os quais vários civis, das comunidades fula e tuaregue, foram mortas desde o início do ano na região.

Um relatório do Conselho de Segurança das Nações Unidas, em agosto, alertou que os conflitos entre as comunidades da região para postos de poder, controlo de eixos comerciais ou de contrabando, pastos e o acesso a poços, pode levar a um aumento das tensões devido ao confronto entre os 'jihadistas' e as forças internacionais e do Mali.

As forças francesas têm estado presentes no norte do Mali desde 2013, numa iniciativa militar que pretende combater a presença 'jihadista' na região.

Ainda assim, há zonas inteiras que são alvos regulares de ataques mortíferos, mas que estão fora do controlo das forças do malianas, francesas e da ONU, apesar da assinatura de um acordo em 2015 que deveria isolar definitivamente os 'jihadistas'.

Desde 2015, os ataques começaram a expandir-se para o centro e sul do país, bem como para Burkina Faso e Níger.

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