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O leitor perguntou: Será que é mesmo importante saber fazer contas?

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O leitor perguntou: Será que é mesmo importante saber fazer contas?
Notícias ao Minuto

11:00 - 03/09/18 por Liliana Lopes Monteiro

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E você gosta de números ou tem pavor a matemática?

Apesar de para muitos – mesmo já em idade adulta – se tratar de uma disciplina temida, a verdade é que utilizamos conceitos de matemática básica diariamente e com sucesso, quer seja no supermercado, em casa ou no trabalho.

Decisões com base em cálculos ajudam-nos a gerir contas bancárias, avaliar preços e gastos, fazer estimativas e apontar erros. Mais ainda, confiamos no nosso senso numérico quando decoramos uma casa, seguimos uma receita de culinária, comemos num restaurante ou vamos a uma loja.

Cada uma dessas tarefas requer numeracia: a habilidade de entender e trabalhar com números no dia a dia.

"Na nossa rotina, do dia-a-dia, precisamos de uma matemática muito simples", diz Mike Ellicock, diretor-executivo da instituição britânica National Numeracy. "Mas também precisamos de uma compreensão conceitual aplicada a situações complexas".

Por exemplo, pode ser necessário calcular o custo de comprar versus o de alugar uma casa; usar milhas ou dinheiro para comprar uma passagem de avião ou como ajustar uma receita para alimentar seis pessoas em vez de quatro. Frações, percentagens, aproximações, compreensão espacial, taxas de variação, gráficos e aritmética básica são parte do sentido numérico, mas a numeracia não é igual à matemática de sala de aula - nem é o mesmo que resolver cálculos complexos.

Mas devemos preocupar-nos com isso?

A incompreensão matemática torna a vida mais complicada, mas as suas consequências são, de facto, globais: pesquisas sugerem uma correlação entre baixa habilidade matemática e taxa de desemprego, produtividade e até saúde física. Mas com o fácil acesso à Internet, computadores, telemóveis e a outros equipamentos tecnológicos, será que isso tem importa?

O investigador Stuart Eliott, da Academia Nacional de Ciências dos Estados Unidos, compara humanos e computadores para entender quais habilidades podem um dia vir a ser superadas pela máquina, e consequentemente tornarem-se obsoletas.

"Acho que estamos perto do momento em que as máquinas vão ajudar não apenas com cálculos aritméticos mas também com a compreensão numérica", diz ele.

Porém, Eliott alerta para os riscos de delegarmos inteiramente (ou quase) os cálculos numéricos para máquinas conscientes. A Internet das Coisas (sistema de internet conectando objetos que podem trocar informações e dados) vem a acumular dados pessoais: telemóveis, informações sobre atividade física, equipamentos de casas inteligentes, histórico de navegação, cartões de viagem e registos médicos eletrónicos guardam uma vasta quantidade de informações sobre nós - dados que podem ser coletados e explorados.

"Os modelos ficam escondidos com a tecnologia", alerta a professora Celia Hoyles, diretora de Educação Matemática da Universidade College London. "Isso pode ser muito perigoso. Precisamos entender que o resultado de um computador não é mágico: temos que questionar de onde vêm os números – sempre – e por isso a literacia numérica é fundamental!".

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