Comer poucos carboidratos reduz expetativa de vida, revela novo estudo
Sim, reduzir em excesso a ingestão de hidratos de carbono não faz simplesmente com que a maioria dos indivíduos ‘perca a vontade de viver’, a verdade é que também pode reduzir a esperança média de vida em quatro anos.
© iStock
Lifestyle Não se prive
As dietas low carb têm-se popularizado ao longo dos últimos anos, sobretudo entre aqueles indivíduos que desejam perder peso. Mais ainda, várias pesquisas sugeriram que aquele tipo de regime alimentar pode de facto diminuir o risco de incidência de algumas doenças.
Todavia, um estudo realizado nos Estados Unidos ao longo de 25 anos, e divulgado pela BBC News, indica que ao invés um corte moderado no consumo de carboidratos - ou a troca de carne por proteínas e gorduras vegetais - é mais saudável.
Na pesquisa, publicada no periódico científico The Lancet Public Health, 15,4 mil indivíduos preencheram questionários sobre os alimentos e bebidas que consumiam, bem como sobre o tamanho das porções.
Tendo como base essa informação, os cientistas estimaram a proporção de calorias que recebiam provenientes dos hidratos, gorduras e proteínas.
Após acompanharem o grupo durante 25 anos, os investigadores descobriram que aqueles que obtinham entre 50% e 55% da sua energia oriunda de carboidratos - grupo com consumo moderado de carboidratos - tinham um risco ligeiramente menor de morte quando comparados com aqueles com baixo e alto consumo.
Os hidratos de carbono incluem vegetais, frutas e açúcar, mas a principal fonte reside em alimentos ricos em amido, como batatas, pão, arroz, massa e cereais.
Os investigadores estimam que, a partir dos 50 anos de idade, indivíduos com o consumo moderado devem viver em média mais 33 anos. O que representa quatro anos a mais do que as pessoas que recebiam 30% ou menos de sua energia a partir de hidratos de carbono (grupo chamado de ‘extrabaixo carboidrato’).
As pessoas com consumo moderado também apresentam uma expetativa de vida de 2,3 anos a mais do que as que obtém de 30% a 40% de sua energia dessa fonte, o grupo chamado ‘baixo-carboidrato’. E, vivem ainda 1,1 anos a mais que o grupo de 65% ou mais de carboidratos (considerado ‘alto carboidrato’).
Os resultados foram semelhantes a estudos anteriores com os quais os autores compararam o seu trabalho, que incluíram mais de 400 mil pessoas de mais de 20 países.
Descarregue a nossa App gratuita.
Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.
* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com