Meteorologia

  • 18 MAIO 2024
Tempo
16º
MIN 13º MÁX 20º

Sonangol melhora contas e volta aos resultados positivos em 2021

A Sonangol terminou 2021 com resultados operacionais na ordem dos 3.357 milhões de dólares (três mil milhões de euros) e "seguramente" vai fechar o ano com resultados positivos, anunciou hoje o presidente da petrolífera estatal angolana.

Sonangol melhora contas e volta aos resultados positivos em 2021
Notícias ao Minuto

11:16 - 25/02/22 por Lusa

Economia Sonangol

Sebastião Gaspar Martins apresentou os dados preliminares sobre o desempenho da petrolífera no ano passado hoje, numa conferência de imprensa em Luanda, salientando que o resultado financeiro estimado de 3.357 milhões de dólares e a perspetiva de resultados líquidos positivos em 2021.

Para tal, apontou Gaspar Martins, foram decisivos a recuperação do preço do barril de petróleo no mercado internacional, a estabilidade operacional da empresa e a redução dos custos.

Escusando-se a antecipar qual o resultado líquido esperado no final de 2021, o Presidente da Sonangol disse que será "seguramente" positivo.

"Estamos num processo de resultados provisórios, que vão passar por um processo de auditoria e daremos depois a conhecer o resultado final. Seguramente será positivo, isso posso garantir", destacou o responsável.

A petrolífera angolana Sonangol terminou o ano de 2020 com um resultado líquido negativo de 2,5 mil milhões de euros (3 mil milhões de dólares), refletindo a redução drástica das receitas do petróleo e o impacto da covid-19.

Os resultados a nível operacional fixaram-se em 2,2 mil milhões de dólares (1,9 mil milhões de euros), permitindo manter os capitais próprios positivos em 9 mil milhões de dólares (7,6 mil milhões de euros) e capacidade financeira para continuidade das operações.

O resultado operacional (EBITDA) alcançado em 2021 permitiu à Sonangol cumprir integralmente com todos os acordos financeiros internacionais, complementou Gaspar Martins.

A dívida financeira total recuou 2%, de 4.224 milhões de dólares (3.778 milhões de euros) em 2020 para 4.119 (3.685) em 2021 e o serviço da dívida diminuiu 4% de 1.760 para 1.683 milhões de dólares (1.574 para 1.506 milhões de euros). Os preços das ramas angolanas registaram um aumento de 74%, de 40,72 para 71 dólares (36,4 para 64 euros).

Além da recuperação dos resultados financeiros, o presidente da Sonangol destacou também os progressos em termos operacionais, a nível de exploração e produção, nomeadamente a alienação parcial de interesses participativos em blocos petrolíferos (Blocos 3/05, 4/05, 5/06, 15/06, 18, 23, 27 e 31) e a entrada da Sonangol nos Blocos 15 e 17, com 10% e 5% de interesse participativo, respetivamente.

Em 2021 foi retomada a atividade de exploração no sentido de reverter o declínio que se vem registando, com dois novos poços de exploração e três em avaliação.

Não obstante, a produção, que representa 18,4% do petróleo angolano, passou de 237.414 barris/dia em 2020 para 208.227 em 2021 (-12,3%), uma redução que reflete a falta de investimentos na indústria em anos anteriores e o declínio natural dos reservatórios.

Verificaram-se igualmente progressos a nível das refinarias, prosseguiu Gaspar Martins.

Durante o ano 2021 foram comercializados no mercado interno 3,8 milhões de toneladas métricas (TM) de produtos refinados, mais 14% do que em relação a 2020, um aumento associado à retoma gradual da atividade económica com o levantamento das restrições impostas pela pandemia da covid-19.

O presidente da Sonangol prevê para este ano um aumento da quantidade de gasolina a ser refinada na refinaria de Luanda.

"A partir de maio de 2022, vamos iniciar testes e em seguida iniciar a produção de mais gasolina o que ira contribuir para a diminuição das importações", adiantou.

Quanto à refinaria de Cabinda, espera-se que a primeira fase possa entrar em funcionamento já em 2022 ou início de 2023, prevendo-se também decisões quanto aos futuros investidores da refinaria do Lobito, que recebeu cinco propostas, ainda este ano.

Gaspar Martins realçou também o relançamento da construção do terminal oceânico da Barra do Dande que já se encontra numa fase avançada de construção e que irá garantir disponibilidade para as reservas estratégicas do país.

No âmbito das energias renováveis, a Sonangol destacou o arranque da construção de duas centrais fotovoltaicas no Namibe e na Huíla.

O presidente da petrolífera acrescentou que a empresa decidiu manter o foco nos hidrocarbonetos "e usar esta base de financiamento para continuar esta viagem para energias mais limpas", perspetivando 1.000 megawatts produzidos através de energias renováveis até 2030.

Leia Também: Empréstimos para a compra de casa ascendiam a 97,2 mil milhões em janeiro

Recomendados para si

;

Receba as melhores dicas de gestão de dinheiro, poupança e investimentos!

Tudo sobre os grandes negócios, finanças e economia.

Obrigado por ter ativado as notificações de Economia ao Minuto.

É um serviço gratuito, que pode sempre desativar.

Notícias ao Minuto Saber mais sobre notificações do browser

Campo obrigatório