Wall Street fecha com recuperação espetacular depois do 'crash'
Wall Street fechou hoje com uma recuperação espetacular, depois de viver na quinta-feira a pior sessão desde o 'crash' de 1987, com os investidores entusiasmados com a declaração do estado de emergência do Presidente norte-americano perante a pandemia.
© Lusa
Economia Wall Street
Os resultados definitivos no fecho indicam que o principal índice, o seletivo Dow Jones Industrial Average, valorizou 9,36%, para os 23.185,62 pontos, e o tecnológico Nasdaq progrediu 9,34%, para as 7.874,23 unidades.
Por sua vez, o alargado S&P500 ganhou 9,28%, para as 2.710,95 unidades.
Estes índices anularam assim quase todas as perdas de quinta-feira quando, perante a multiplicação de medidas de confinamento e vários anúncios em ordem dispersa de diversos planos de apoio à economia, o pânico apoderou-se dos investidores e o Dow Jones caiu 10%.
Hoje, os índices beneficiaram de uma recuperação quase automática depois de uma queda tão forte, antes de limitarem os ganhos.
Mas aceleraram de forma repentina a progressão durante a sessão depois de o Presidente norte-americano, Donald Trump, acusado de ter minimizado a gravidade da pandemia do novo coronavírus, detalhar uma série de medidas a acompanhar a declaração do estado de emergência.
Esta decisão vai permitir a disponibilização imediata de cerca de 50 mil milhões de dólares (45 mil milhões de euros).
"A boa notícia é que os investidores não capitularam e o declínio foi interrompido", observou Peter Cardillo, da Spartan Capital Securities. "Isto não quer dizer que se vai recuperar o vigor imediatamente, mas o pior do pânico já passou sem dúvida", avançou.
Mas, no conjunto da semana, apesar do forte ganho de hoje, o Dow Jones perdeu 10,4%, o Nasdaq recuou 8,2% e o S&P500 desvalorizou 8,8%.
Segundo vários observadores, a saída dos investidores dos mercados só vai parar quando o número de casos de novos doentes começar a descer.
"É normal para os mercados recuperarem depois de um pico de pânico como o que se observou na quinta-feira" e devem esperar-se mais sessões em que os índices subam ou desçam 4 e 5%, previu também Nathan Thooft, gestora de investimentos na Manulife Asset Management.
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