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"Se a prisão não te torna humilde, então não sei o que te fará"
O antigo tenista Boris Becker esteve oito meses na prisão.
© Getty Images
Desporto Boris Becker
Boris Becker conheceu tanto o brilho da glória como a escuridão das profundezas. O lendário tenista alemão é um dos únicos 28 tenistas masculinos a ter alcançado a posição de número 1 do mundo.
Durante a sua brilhante carreira, ganhou nada menos que seis títulos do Grand Slam: Wimbledon (1985, 1986 e 1989), o Open da Austrália (1991 e 1996) e o Open dos Estados Unidos (1989).
No All England Club tornou-se o campeão mais jovem da história do torneio: tinha apenas 17 anos de idade e já se tinha tornado uma estrela em ascensão. O sucesso repentino, a pressão, a auto-confiança, excessiva muitas vezes, e outras características levaram-no a entregar-se a excessos que o acabaram por condená-lo a vários meses de prisão, oito.
“A vida ali [na prisão] é duríssima, é a sobrevivência de quem está mais capaz e temos que encontrar uma maneira de sobreviver. Isso ensinou-me algo que talvez já soubesse, mas que não tinha tido de aplicar na vida. Tudo o que aprendi continuou a ajudar-me quando recuperei a liberdade. Se a prisão não te torna humilde, não sei o que o te faz, Quando perdes tudo e ficas numa cela pequena durante 231 dias e isso não te humilha, então estás perdido”, confessou numa entrevista ao diário La Nación.
O alemão transferiu centenas de milhares de euros quando, segundo ele próprio, estava falido. As transferências foram para as contas da sua primeira esposa Barbara Feltus e as da sua segunda mulher Sharlely Lilly Kerssenberg. A condenação tinha sido também por não ter declarado uma propriedade na sua cidade natal de Leimen, Alemanha, e ter ocultado um empréstimo bancário de 825.000 euros, bem como ações de uma empresa de tecnologia.
Leia Também: Boris Becker temeu pela vida na prisão: "Estive rodeado de assassinos..."
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