Conheça todo os filmes portugueses que tentaram entrar nos Óscares

Portugal é o país que mais vezes concorreu ao Óscares sem nunca ter sido nomeado para a categoria de Melhor Filme Estrangeiro. Detém por isso o recorde com mais de 30 submissões realizadas pela Academia Portuguesa das Artes e Ciências Cinematográficas sem qualquer sucesso de entrada nos famosos prémios da estatueta dourada.Manoel de Oliveira é o realizador recordista com nove submissões para o Melhor Filme Estrangeiro. Muitos outros tentaram desde 1980 conseguir este feito e serem um dos nomeados nesta categoria, mas sem sucesso.Conheça todas produções que foram escolhidas para representar Portugal nos prémios da Academia através da galeria que se segue!

© Direitos Reservados - Cinemateca/Marco Martins/Midas Filmes

Manhã Submersa, 1980

Realização: Lauro António. Esta produção portuguesa de 1980 é uma adaptação do romance homónimo de Vergílio Ferreira e retrata a época de um país de jovens com poucos recursos que procuram melhorar o seu estatuto social através da educação.

© Direitos Reservados - Sonoro Filme

Francisca, 1982

Realização: Manoel de Oliveira. O filme português foi realizado em 1981, mas concorreu como representante em 1982. Infelizmente, sem sucesso, esta produção do famoso realizador é baseado na obra literária de Agustina Bessa-Luís chamada Fanny Owen.

© Direitos Reservados - Manoel de Oliveira

Sem Sombra de Pecado, 1983

Realização: José Fonseca e Costa. Este foi o filme escolhido para representar Portugal nos Óscares de 1984, sem sucesso. A produção dramática baseia-se no conto ‘E aos Costumes Disse Nada’ do livro Gaivotas em Terra de David Mourão-Ferreira.

© Direitos Reservados - Lusomundo

Lugar do Morto, 1984

Realização: António-Pedro Vasconcelos. Candidato em 1985, este drama foi durante vários anos o mais visto do cinema português e conseguiu ainda quatro prémios da Federação Portuguesa de Autores, contudo não conseguiu a nomeação aos Óscares.

© Direitos Reservados - Mundial Filmes

Ana, 1985

Realização: António Reis/Margarida Cordeiro. Ana é uma docufição etnografia portuguesa que se baseia nos poemas de Rainer Maria Rilke. Foi o filme escolhido para representar Portugal na edição de 1986 dos Óscares, mas sem sucesso.

© Direitos Reservados - Filme filmes

Tempos Difíceis, 1988

Realização: João Botelho. Portugal só viria a tentar entrar nos Óscares três anos depois, em 1989 com esta produção luso-britânica dramática baseada no romance Hard Times de Charles Dickens.

© Direitos Reservados - Instituto Português do Cinema

Os Canibais, 1989

Realização: Manoel de Oliveira. O filmes Os Canibais foi o representante português em 1990 e é uma longa-metragem realizada ao estilo de uma ópera. Os atores fazem playback durante o decorrer da ação ao som da música composta por João Paes.

© Direitos Reservados - Manoel de Oliveira

O Processo do Rei, 1990

Realização: João Mário Grilo. A película é uma encenação cinematográfica do processo que levou à destituição do Rei D. Afonso VI. Foi o representante da edição de 1991, mas mais uma vez, sem sucesso.

© Direitos Reservados - Manoel de Oliveira

O Sangue, 1990

Realização: Pedro Costa. Esta produção conta a história de dois irmãos que não querem ser separados depois das autoridades locais tomarem conhecido da morte do pai de ambos.

© Direitos Reservados - Pedro Costa

O dia do Desespero, 1992

Realização: Manoel de Oliveira. O representante português de 1993 é um filme biográfico que conta a história dos últimos dias de vida do escritor Camilo Castelo Branco.

© Direitos Reservados - Centre National de la Cinématographie

Vale Abraão, 1993

Realização: Manoel de Oliveira. Esta longa-metragem é baseada no romance homónimo de Agustina Bessa Luís da categoria drama romântico. Foi candidato como representante à edição dos Óscares de 1994, mas sem sucesso.

© Direitos Reservados - Madragoa Filmes

Três Palmeiras, 1994

Realização: João Botelho. Escolhido para representar Portugal na categoria de Melhor Filmes Estrangeiro na edição de 1995 dos Óscares, Três Palmeiras conta a história do desespero de uma mulher durante as últimas oito horas da sua gravidez.

© Direitos Reservados - Madragoa Filmes

A Comédia de Deus, 1995

Realização: João César Monteiro. Esta produção é a segunda longa-metragem de uma trilogia que retrata a vida da personagem João de Deus, o gerente de uma gelataria chamada Paraíso dos Gelados. Representante em 1996, também não conseguiu ser um dos nomeados.

© Direitos Reservados - João César

Viagem ao Princípio do Mundo, 1997

Realização: Manoel de Oliveira. O realizador viajou por Portugal em busca das origens de Afonso, um famoso ator francês que emigrou para Portugal para tentar recordar a sua infância.

© Direitos Reservados - Madragoa Filmes

Inquietude, 1998

Realização: Manoel de Oliveira. O filme Inquietude é baseado no conto Mãe de um Rio de Agustina Bessa-Luís e foi o representante de Portugal em 1999.

© Direitos Reservados - Gémini Films

Os Mutantes, 1999

Realização Teresa Villaverde. Esta produção foi apresentada no Festival de Cinema de Cannes e premiado no Festival de Roma com o Prémio Nações Unidas. Contudo, não conseguiu a nomeação para o Melhor Filme Estrangeiro nos Óscares. Os Mutantes conta a história de três jovens que vivem na rua.

© Direitos Reservados - Teresa Villaverde

Tarde Demais, 2000

Realização: José Nascimento. O filme é baseado na história verídica de quatro homens que tentaram sobreviver a um naufrágio de uma velha traineira no rio Tejo. As suas opiniões diferentes em relação à forma como querem alcançar a margem gera conflitos que o deixaram inevitavelmente separados.

© Direitos Reservados - José Nascimento

Camarate, 2001

Realização: Luís Filipe Rocha. A história desta película retrata Luísa, uma juíza portuguesa que tem nas suas mãos uma investigação sobre o assassinato do Primeiro Ministro Português. Foi o representante da edição dos prémios da Academia em 2002, mas sem sucesso para conseguir uma nomeação.

© Direitos Reservados - Luís Filipe Rocha

O Delfim, 2002

Realização: Fernando Lopes. Este filme português foi escrito por Vasco Pulido Valente e baseia-se na obra homónima de José Cardoso Pires. Conta a história de um país nas ruínas e dominado por vários senhores feudais que tomam conta das terras através da sua ditadura.

© Direitos Reservados - Fernando Lopes

Um Filme Falado, 2003

Realização: Manoel de Oliveira. O nome desta película de longa-metragem é uma ilustração assumida da teatralidade do modo de Manoel de Oliveira fazer cinema. Ele recebeu o prémio Leão de Ouro no Festival de Veneza, mas não conseguiu uma nomeação ao Melhor Filme Estrangeiro na edição de 2004 dos Óscares.

© Direitos Reservados - Atalanta Filmes

O Milagre Segundo Salomé, 2004

Realização: Mário Barroso. Esta foi a primeira longa-metragem do até então director de fotografia Mário Barroso e conta a história de Salomé, uma rapariga da província que se irá encontrar no centro do milagre de 1917 que agitou o país: a aparição de Fátima.

© Direitos Reservados - Mário Barroso

Noite Escura, 2005

Realização: João Canijo. Esta produção é considerada um dos melhores trabalhos de João Canijo e uma das grandes referências do cinema contemporâneo português. Ele retrata o tema da prostituição e do tráfico de mulheres. Foi o representante de 2006, mas sem sucesso.

© Direitos Reservados - João Canijo

Alice, 2005

Realização: Marco Martins. A história desta longa-metragem aborda o misterioso desaparecimento de uma criança de três anos e é um filme de poucas palavras, focando-se mais em estados de alma do que em emoções.

© Direitos Reservados - Marco Martins

Belle Toujours, 2007

Realização: Manoel de Oliveira. Outro filme de Manoel de Olivieira que conseguiu várias nomeações em prémios de cinema Europeu mas que ficou de fora das nomeações dos Óscares de 2008. Conta a história de duas personagens que se encontram 38 anos depois para a revelação de um segredo.

© Direitos Reservados - Manoel de Oliveira

Aquele Querido Mês de Agosto, 2008

Realização: Miguel Gomes. Aquele Querido Mês de Agosto é um filme de ficção e documentário que retrata a vida de várias aldeias portuguesas nas festas de Verão durante o maior mês de calor.

© Direitos Reservados - Som e a Fúria

Um Amor de Perdição, 2009

Realização: Mário Barroso. Este filme é baseado na obra de Camilo Castelo Branco com o mesmo título e foi o representante  português em 2010 para o Melhor Filme Estrangeiro nos prémios da Academia. Mais uma vez, sem sucesso a conseguir uma nomeação.

© Direitos Reservados - Mário Barroso

Morrer Como Um Homem, 2010

Realização: João Pedro Rodrigues. Morrer Como Um Homem relata a história de um transformista homossexual que está no fim da sua carreira. A crítica, tanto internacional como nacional foi dura com esta produção, contudo acabou por ser o representante de 2011.

© Direitos Reservados - João Pedro

José e Pilar, 2011

Realização: Miguel Gonçalves Mendes. Esta produção mostra a vida de José Saramago e Pilar del Río, sua mulher. É visto o dia-a-dia do casal em Lanzarote e Lisboa, bem como as suas viagens e trabalho por todo o mundo.

© Direitos Reservados - Miguel Gonçalves

Sangue do Meu Sangue, 2012

Realização: João Canijo. Esta é uma das produções portuguesas mais bem recebidas pela crítica e premiada em diversos festivais de cinema.  O filme valeu a Rita Blanco o prémio de Melhor Atriz no festival Caminhos do Cinema Português e João Canijo levou para casa o de Melhor Realizador. Contudo, o filme acabou por não ser nomeados para os Óscares de 2013.

© Direitos Reservados - Midas Filmes

Linhas de Wellington, 2013

Realização: Valeria Sarmiento. Este filme é um drama histórico considerado uma das maiores produções de sempre do cinema português que foi depois editado numa minissérie que passou na RTP1 intitulada As Linhas de Torres.

© Direitos Reservados - Clap Filmes

E Agora? Lembra-me, 2014

Realização: Joaquim Pinto. E Agora? Lembra-me é um documentário autobiográfico que conta a história de Joaquim Pinto ao longo dos seus 20 anos a viver com SIDA e hepatite C. Ele esteve em competição para ser o candidato Português a Melhor Filme Estrangeiro nos Óscares de 2015 mas acabou por não ser nomeado.

© Direitos Reservados - Joaquim Pinto

As Mil e Uma Noites, 2015 Realização: Miguel Gomes. Este filme dramático está estruturado em três partes e foi o segundo volume que foi escolhido para representar Portugal na competição ao Óscar de Melhor Filme Estrangeiro na edição de 2016.

© Direitos Reservados - Som e a Fúria

Cartas da Guerra, 2016 Realização: Ivo Ferreira. O drama português que foi o representante de Portugal em 2017 baseia-se na obra D’este viver aqui este papel descripto: Cartas da Guerra de António Lobo Antunes.

© Direitos Reservados - Som e a Fúria

São Jorge, 2017 Realização: Marco Martins. A história de um pugilista desempregado que cobra dívidas parece ter sido um sucesso em vários festivais de cinema. Nuno Lopes, ator principal, venceu o prémio de Melhor Ator no Festival Internacional de Cinema de Veneza, e ainda o mesmo prémio no Festival Internacional de Cinema e Cerimónia de Entrega de Prémios de Macau. Marco Martins, o realizador, ganhou ainda na mesma entrega de prémios o prémio de Melhor Realizador. Contudo, e apesar de ter sido o filme escolhido para representar Portugal na edição deste ano, acabou por não estar entre os nomeados.

© Direitos Reservados - Marco Martins