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Processo de composição é o mesmo em Portugal ou Hollywood

O compositor Rodrigo Leão garantiu hoje que o "processo de composição" pelo qual se guia "é semelhante" para um filme de Hollywood ou para um filme nacional, porque o que o "guia" é a "intuição" e que não se deixa "impressionar".

Processo de composição é o mesmo em Portugal ou Hollywood
Notícias ao Minuto

16:44 - 11/07/14 por Lusa

Cultura Rodrigo Leão

Em entrevista à Lusa, um dia antes de atuar em Guimarães, na Plataforma das Artes, o artista, que se confessa "autodidata", revela que "ainda tem muito para fazer" e que gostava de "um dia" trabalhar com o músico Peter Gabriel, "entre muitos outros".

Sobre o espetáculo da noite de sábado, que vai contar com a participação da cantora moçambicana Selma Uamusse, Rodrigo Leão adiantou que será "um pouco diferente" por ser ao ar livre, mas esse fator "torna ainda mais interessante" o momento.

Rodrigo Leão foi recentemente distinguido pela banda sonora do filme "O Mordomo", de Lee Daniels, com o American Film and Television Award, da American Society of Composeres, Authors and Publishers.

"Foi uma experiencia muito interessante [compor para uma banda sonora de uma produção de Hollywood]. Tive condições excecionais, desde uma das melhores orquestras do mundo, os melhores estúdios, tudo", explicou.

Mas, garantiu, o "processo de composição" não difere com o orçamento e a magnitude do projeto.

"É idêntico para um filme de Hollywood ou para uma produção nacional. Procuro inspiração nas imagens, estou atento ao que vou vendo. Não me deixo impressionar. É um processo muito intuitivo", garantiu.

O compositor português já trabalhou com muitos nomes da música, de vários estilos, entre os quais Scott Matthew, Thiago Petit, Melingo, Rosa Passos, Adriana Calcanhotto, Ludocio Einaudi e Ryuchi Sakamoto.

"Desde pop, música clássica, tango. Tem sido uma grande variedade, sim. Mas são processos naturais e com cada um aprendo imenso", disse.

Com o início da carreira a remontar aos anos de 1980, o músico admite que "não está tudo feito" ao nível musical.

"Ainda tenho muito, muito para fazer. Estou há 30 anos a tentar fazer as minhas músicas, já fiz muitas e ainda não fiz quase nada", afirmou.

Leão confessou ainda um dos nomes com quem gostaria de trabalhar: "Há muitos nomes. Mas o Peter Gabriel admito que é um deles", confessou.

O músico, que fez parte do grupo Sétima Legião, foi distinguido no passado dia 10 de junho, pelo Presidente da República, com o grau de Grande Oficial da Ordem do Infante D. Henrique.

Aos 50 anos, Rodrigo Leão tem assinado várias bandas sonoras, nomeadamente da série televisiva de ficção "Equador" e a documental "Portugal - Um Retrato Social".

O músico, que também fez parte do núcleo original dos Madredeus, editou o primeiro álbum em nome próprio, "Ave Mundi Luminar", em 1993, com os Vox Ensemble.

Até à atualidade, gravou cerca de uma dúzia de álbuns, incluindo a compilação "O Mundo" e o duplo CD "Songs", coletânea de canções compostas entre 2004 e 2012.

Rodrigo Leão sobre ao palco na praça da Plataforma das Artes e da Criatividade, sábado, 12 de julho, às 22:00.

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