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Aznavour: Presidente francês diz que cantor marcou três gerações

O Presidente francês, Emmanuel Macron, disse hoje que a música de Charles Aznavour, que morreu esta madrugada, aos 94 anos, "acompanhou as alegrias e as tristezas de três gerações".

Aznavour: Presidente francês diz que cantor marcou três gerações
Notícias ao Minuto

17:25 - 01/10/18 por Lusa

Cultura Óbito

Sobre o intérprete de 'C'est triste Venise', o Chefe de Estado francês escreveu, na sua conta na rede social Twitter, que era "profundamente francês, visceralmente ligado às suas raízes arménias, reconhecido no mundo inteiro".

Macron revelou que tinha convidado o cantor e compositor para um concerto no âmbito da Cimeira da Francofonia, que se reúne na próxima semana em Erevan, capital da Arménia.

"Partilhamos com povo arménio o luto do povo francês", afirma o Presidente da França.

"As suas obras-primas, o timbre de sua voz, o seu brilhantismo único, permanecerão por muitos anos na memória", acrescentou o Presidente gaulês.

Charles Aznavour morreu na noite de domingo para segunda-feira, na sua residência em Alpilles, na Provença, no sul de França, depois de ter regressado, recentemente, de uma digressão ao Japão, e com um concerto previsto para o próximo dia 26 em Bruxelas.

Em Portugal, a Sociedade Portuguesa de Autores (SPA) manifestou o "seu pesar" pela morte do autor de 'Aïe mourir pour toi', que Amália Rodrigues gravou, e de centenas de outras canções como 'Comme ils disent', que aponta como "um dos mais importantes e produtivos autores e intérpretes de canções do século XX e do início do século XXI".

"Era um autor muito consciente dos direitos dos criadores, tendo juntado sempre a sua voz às exigências da sociedade de autores francesa SACEM, pela defesa dos direitos e interesses dos autores".

"Em mais de 70 anos de carreira, Aznavour criou mais de 1.400 canções em seis línguas e realizou milhares de concertos por todo o mundo", afirma a SPA, lembrando que o cantor foi também "um ator de talento em importantes filmes da cinematografia francesa de várias épocas".

Em 2008, quando afirmou que ia deixar os palcos e realizou uma digressão mundial, que incluiu Lisboa, recebeu a Medalha de Honra da SPA, um prémio que juntou a outras honrarias, como uma estrela no Passeio da Fama, em Los Angeles, nos Estados Unidos, e vários discos de Platina e Ouro, pelas vendas dos seus álbuns.

A SPA destaca canções como 'She', 'Hier Encore', 'La Bohème' e 'Il Faut Savoir', além de 'Aie mourir pour toi', que compôs para Amália Rodrigues.

"Quase todos os grandes intérpretes do século XX" cantaram e gravaram canções suas: Frank Sinatra, Dean Martin, Liza Minneli, Elton John, Bryan Ferry, Marc Almond, Georges Brassen, Simone de Oliveira, Martinho da Vila, ou os espanhóis Buika e Raphael.

Em 1993, no seu livro de memórias, 'Le temps des avants', deu conta de uma carreira, iniciada por acaso, protegido por Edith Piaf, e cujo nome de batismo, Shâhnourh, se transformou para os palcos em Charles.

Filho de emigrantes arménios, Charles Aznavour nasceu em Paris, em 22 de maio de 1924.

Em 2008 foi-lhe concedida a nacionalidade arménia e aceitou o convite para ser embaixador daquela República na Suíça.

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