Portugal na Síria? PCP e Bloco dizem não, Passos e Costa 'nim'
Os ataques de Paris reacenderam a questão sobre se Portugal estará ou não apto e/ou disponível para integrar uma intervenção militar na Síria.
© Reuters
Política Terrorismo
Perante os ataques de sexta-feira em Paris, levantou-se a questão sobre a intervenção militar de países que normalmente não o fazem na Síria. Um deles é Portugal, cuja possível participação divide opiniões.
Na opinião de Passos Coelho fugir às obrigações não é hipótese. Já durante a campanha eleitoral, o líder social-democrata disse que, caso fosse definida uma intervenção militar em conjunto, Portugal não iria fugir “às responsabilidades”.
Este tema foi, aliás, dos poucos que obteve consenso entre Passos e Costa. O Observador tentou contactar os socialistas para saber se a intervenção portuguesa estava em cima da mesa, mas Porfírio Silva, responsável pelas políticas externas do PS, adiou para “mais tarde” declarações sobre a questão. Costa poderá, contudo, responder a essa pergunta, durante a entrevista que tem agendada para esta noite na RTP.
Quanto ao Bloco e PCP, a resposta é claro não. Contactados pelo jornal online, os comunistas reiteram que “no respeito pela sua Constituição e pela Carta das Nações Unidas, deve-se resolutamente desvincular de quaisquer aventuras belicistas”.
O Bloco, por seu lado, recusou responder às perguntas diretamente, mas a posição já foi conhecida com declarações de membros do partido através das redes sociais. “Os assassinos procuram impor o medo e o ódio. A consternação tem de ser ultrapassada pela solidariedade não pela vingança”, escreveu Pedro Filipe Soares na rede social Twitter.
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