Baixar IRS? "Se a minha avó não tivesse morrido ainda era viva"
A antiga ministra das Finanças, Manuela Ferreira Leite, aponta contradições à intenção anunciada pelo Governo relativamente à descida do IRS em 2015. A social-democrata, que ontem à noite falava na antena da TVI24, satiriza, a propósito das promessas condicionadas do Executivo: “Se a minha avó não tivesse morrido ainda era viva”.
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Política Ferreira Leite
Num dia comunicam um aumento de impostos, no outro dão conta da descida de outros. Grosso modo, esta é a principal contradição apontada por Manuela Ferreira Leite no que à estratégia de consolidação do Governo diz respeito.
A ex-responsável pela pasta das Finanças, que analisava a atualidade política na antena da TVI24 no mesmo dia que foi aprovada, em sede de Conselho de Ministros, a Reforma do Estado, e em que Paulo Portas reiterou a intenção de desagravar o IRS no próximo ano, assinalou que tal “é no mínimo contraditório com o facto de há meia dúzia de dias termos anunciado um aumento de impostos”.
A antiga líder social-democrata fez sobressair ainda que “isso dito assim, em campanha eleitoral, na forma de uma promessa, se acontecer isto, se não acontecer isto…” é um raciocínio idêntico ao que se pode retirar da expressão popular: “Se a minha avó não tivesse morrido ainda era viva”.
Sobre os três anos de ajustamento financeiro, no âmbito do memorando de entendimento selado com a troika que está prestes a expirar, Ferreira Leite salientou a ideia dos “custos desproporcionados” para os bolsos dos portugueses, e concretizou: “Por trás disto existe desemprego, existe emigração e existe empobrecimento”.
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