Número de alunos caiu. Mas o de professores caiu três vezes mais
Números surgem no relatório que o Tribunal de Contas divulgou esta semana.
© Youtube/EmilioPica
País Educação
O Tribunal de Contas analisou o impacto dos cortes na Educação nos últimos cinco anos e concluiu que os cortes de mais de 1,3 mil milhões de euros foram particularmente sentidos entre professores.
Como notava a agência Lusa, entre os anos letivos 2010/11 e 2014/15 a redução de professores foi de 21,1%, "em especial devido à quebra em mais de metade do número de contratados, de 33.413 para 14.496 (56,6%)".
Sobre o mesmo relatório, que engloba os anos da troika mas também os dois anos letivos antes da assinatura do memorando, o Diário de Notícias realça outra questão: o ritmo de saída de professores foi, percentualmente, três vezes superior à descida do número de alunos.
Tendo em conta os níveis de natalidade em Portugal há vários anos, este foi sempre um argumento usado para defender os cortes. Mas a verdade é que os números de que o Tribunal de Contas evidencia mostram que o sistema de ensino, nestes cinco anos, ficou com menos 108.932 alunos, uma variação de cerca de 8%.
Já o número de docentes passou de 145.188 para os 111.493, ou seja, menos 23%, o que equivale a menos 33.695 professores. Entre os trabalhadores ligados ao ensino mas que não são docentes a descida foi na ordem dos 31% - existindo atualmente 20.935.
O número de escolas também diminuiu consideravelmente neste período. Havia 8.351 estabelecimentos em 2009/2010. No ano letivo de 2014/2015 o número já descera para os 5.838.
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