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Autarca alerta Passos para custos da deslocação de doentes

O presidente da Câmara de Ourém alertou hoje o primeiro-ministro para os custos da deslocação dos utentes do concelho para o hospital de Abrantes, a 70 quilómetros, quando o de Leiria está a 20.

Autarca alerta Passos para custos da deslocação de doentes
Notícias ao Minuto

21:07 - 04/08/15 por Lusa

País Ourém

"O município de Ourém situa-se a 20 quilómetros de Leiria. Nos últimos anos temos sido empurrados para o hospital de Abrantes [distrito de Santarém] e o país não está em condições de poder gastar tanto dinheiro a levar os doentes do concelho de Ourém para o concelho de Abrantes, quando pode levá-los para o hospital de Leiria, com boas respostas e bons acessos", afirmou Paulo Fonseca.

O presidente da autarquia do distrito de Santarém, que arrancou de imediato aplausos do público, discursava na inauguração das novas instalações do Centro de Reabilitação e Integração de Ourém, instituição de apoio a pessoas com deficiência mental, cerimónia presidida pelo primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho.

"Este transporte diário de milhares de cidadãos do concelho de Ourém para o hospital de Abrantes, uns porque precisam de uma consulta, outros porque precisam de tratamento, outros porque têm familiares hospitalizados e os custos que lhe estão associados é absolutamente inaceitável nos tempos em que vivemos", considerou Paulo Fonseca.

Para o autarca socialista, o hospital de Leiria "pode com muito menor custo dar o apoio" que a população necessita e ao qual tem direito.

Na ocasião, Paulo Fonseca alertou ainda Pedro Passos Coelho para as comemorações do centenário dos acontecimentos de Fátima, em 2017, informando que entregou ao ministro-adjunto Poiares Maduro um dossier com as pretensões do município para transformar esta "marca fundamental para o país que é Fátima".

"O país nunca olhou para Fátima com olhos de ver, nunca respeitou a sua joia da coroa que é Fátima e que é conhecida um pouco por todo o mundo", opinou, pedindo ao governante para que ajude o município a encontrar "o reflexo do empenhamento [da população] na comemoração do centenário das Aparições, mas na sementeira que se deve constituir este centenário para que mais à frente possa haver frutos de mais-valias para o país".

Em resposta, o primeiro-ministro prometeu dar a "atenção que é devida a estas questões".

"Não tenho uma resposta para a área da saúde", disse Passos Coelho, mas reconhecendo que "a proximidade em termos de mobilidade geográfica se faz, sobretudo, com Leiria e não com Abrantes".

Contudo, "às vezes é menos imediato ou simples alterar estas coisas", porque "todo o modelo de financiamento destas entidades está construído com base naqueles que devem ser servidos por esse equipamento", admitiu o governante, adiantando que se a solução indicada pela autarquia funcionar melhor, o Governo não deixará "de olhar para ela facilitando a vida às pessoas".

Quanto às comemorações do centenário, o chefe do executivo considerou que se trata de uma "matéria relevante, não apenas para Fátima nem para Ourém, mas para todo o país".

"Nós hoje temos uma componente de turismo religioso que é decisiva para Portugal", salientou Passos Coelho, convicto de que esta matéria "não deixará de merecer um envolvimento grande quer do Governo, da administração, da hierarquia da Igreja Católica, quer das instituições e nomeadamente da Câmara Municipal".

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