Manifestação de utentes obrigou à intervenção da GNR
Os utentes da extensão de Saúde de Fradelos, em Famalicão, voltaram hoje a manifestar-se contra o alegado mau serviço prestado pela única médica ali colocada, num protesto que, desta vez, obrigou à intervenção da GNR.
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País Famalicão
Os utentes da extensão de Saúde de Fradelos, em Famalicão, voltaram hoje a manifestar-se contra o alegado mau serviço prestado pela única médica ali colocada, num protesto que, desta vez, obrigou à intervenção da GNR.
Fonte da GNR confirmou à Lusa que foi pedida a intervenção daquela força "para acalmar os ânimos" dos cerca de 50 utentes que se estavam a manifestar.
Os manifestantes invadiram a extensão de saúde, exibindo cartazes onde se lia "Esta mulher está a matar os velhinhos" e "Queremos uma médica para pessoas humanas".
Enquanto a GNR não chegou, a médica manteve-se fechada no seu gabinete.
Em meados de março, já tinha havido um primeiro protesto, com os utentes a acusarem a médica de "falta de modos" e de "não ligar" aos doentes.
"Nem um xarope para a tosse receita, manda fazer vapores de eucalipto e põe-nos fora da porta", queixava-se uma utente.
Na altura, Avelino Reis, presidente da Junta de Fradelos, disse à Lusa que os utentes se queixam "constantemente" da médica, alegando, nomeadamente, que ela não prescreve os medicamentos de que necessitam nem vê os exames que levam de outros médicos.
"Dizem, também, que a médica não tem modos na forma como os atende, que chega a ser rude, que os põe fora da porta", acrescentou o autarca.
Segundo Avelino Reis, a médica em causa está naquela extensão "há poucos meses", tendo substituído uma outra "de que os utentes gostavam muito".
"O povo estava habituado a uma certa forma de tratamento e agora estranha", afirmou.
Também na altura, e contactado pela Lusa, o gabinete de comunicação da Administração Regional de Saúde do Norte (ARSN) lembrou que o protesto tinha juntado apenas meia centena de pessoas, quando aquela unidade serve "mais de 2.000 utentes".
"De qualquer das formas, estamos em contacto com o ACES [Agrupamento de Centros de Saúde] de Famalicão, para vermos o que se passa", acrescentou a fonte.
A Lusa tentou hoje ouvir novamente a ARSN, mas sem sucesso.
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