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Hospital do Litoral Alentejano recusa degradação da Urgência

O Conselho de Administração da Unidade Local de Saúde do Litoral Alentejano (ULSLA) recusou, na quinta-feira, a acusação de "degradação" do Serviço de Urgência do hospital sediado em Santiago do Cacém feita pelos chefes de equipa demissionários.

Hospital do Litoral Alentejano recusa degradação da Urgência
Notícias ao Minuto

07:14 - 27/02/15 por Lusa

País Administração

Em comunicado enviado à agência Lusa, o Conselho de Administração (CA) da ULSLA confirma a receção, na quinta-feira, por parte do diretor clínico dos Cuidados de Saúde Primários, de um "abaixo-assinado, no qual catorze médicos do Hospital do Litoral Alentejano informam que se recusam a continuar a assumir a Chefia da Equipa de Urgência, alegando não terem condições".

Na carta, a que a Lusa teve acesso, os médicos apontam "desconformidades sistemáticas da escala de urgência, nomeadamente do Atendimento Geral e do Atendimento Pediátrico", que o CA da ULSLA recusa, contrapondo com escalas "já elaboradas e aprovadas" para o mês de março.

"É de salientar que apenas está por aprovar a designada escala de "1.º Atendimento", onde faltam completar três turnos e três meios-dias", indica a entidade, esclarecendo que este serviço funciona com recurso a dois médicos prestadores de serviços.

Na falta de um elemento, explica a ULSLA, que abrange os concelhos de Alcácer do Sal, Grândola, Odemira, Santiago do Cacém e Sines, "existe uma equipa de médicos especialistas de retaguarda", que inclui cerca de 10 elementos de várias especialidades.

O CA reconhece, contudo, que "existem problemas resultantes, entre outros, da falta de médicos na instituição", o que se reflete no Serviço de Urgência Médico-Cirúrgica (SUMC), mas também nas restantes valências da ULSLA, incluindo os centros de saúde e os serviços de urgência básica.

A administração refere igualmente que a "orgânica do SUMC" é uma das suas "prioridades", mas que "ainda não foi possível fechar este assunto, dado que existe uma enorme falta de médicos", bem como "uma grande resistência à mudança".

Para assegurar os serviços, a ULSLA diz precisar de 186 médicos, dispondo atualmente apenas de 79.

De acordo com os médicos, o CA "nunca se mostrou realmente interessado em discutir a problemática", mas este indica que foram realizadas oito reuniões sobre o assunto e identificados 16 pontos "como eventuais melhorias".

Inclusivamente, na quinta-feira, dia em que os chefes de equipa entregaram a carta recusando continuar a assumir o cargo, foi realizada uma reunião com "alguns médicos subscritores", na qual "foram avançadas algumas eventuais soluções para melhoria do SUMC", refere o CA.

Os clínicos afirmam também que não houve "reforço das equipas", conforme "orientações da tutela", no âmbito do Plano de Inverno 2015, ao que o CA responde que, "até ao momento", não foi necessário "ir além" do primeiro nível do seu Plano de Infeções Respiratórias.

A administração da ULSLA afirma ainda desconhecer "qualquer alteração relevante" no que diz respeito à integração da Unidade de Cuidados Paliativos na Rede Nacional de Cuidados Continuados, apesar de os médicos garantirem que tal irá "agravar a capacidade de escoamento do Serviço de Urgência".

A entidade informa igualmente que está em fase de conclusão o término do projeto de ampliação do SUMC, que irá "criar melhores condições físicas, técnicas e funcionais para o serviço e os seus utentes".

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