Portugal deve "ganhar coerência" na defesa dos direitos humanos
A organização Oikos defendeu hoje que a eleição de Portugal para o Conselho de Direitos Humanos da ONU deve ser encarada como uma oportunidade para o país "ganhar coerência" nesse campo.
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País Oikos
João José Fernandes, diretor-executivo da organização não-governamental para o desenvolvimento, sustentou à Lusa que Portugal "não tem sido coerente" em matéria de direitos humanos, ao permitir, por exemplo, a entrada da Guiné-Equatorial, com historial de violações neste domínio, na Comunidade de Países de Língua Portuguesa.
"Portugal pode e deve ter um papel de enorme relevância" no Conselho, nomeadamente no alargamento da sua ação, e "ganhar coerência", afirmou, lembrando "a grande tradição" do país na defesa dos direitos humanos, ao ter sido pioneiro na abolição da pena de morte.
O diretor-executivo da Oikos considera que houve "um progresso" na luta contra a fome, mas recordou que continua a existir privação do acesso à alimentação, um direito humano básico, ao subsistirem "atropelos no acesso à terra".
A Assembleia-Geral das Nações Unidas elegeu hoje Portugal, com 184 votos, para o Conselho de Direitos Humanos, organismo que observa a proteção e a promoção internacional dos direitos humanos.
O mandato decorrerá entre janeiro de 2015 e dezembro de 2017 e a candidatura portuguesa foi apresentada há três anos.
A Oikos trabalha em comunidades e regiões de países mais pobres, em áreas como a educação.
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