Igreja não pode "olhar para a relação sexual como um pecado"
Em entrevista ao jornal i, o Frei Bento Domingues fala sobre a necessidade da Igreja Católica mudar a sua metalidade sobre assuntos como a sexualidade que, afirma, "não se trata só de procriação"
© Global Imagens
País Frei Bento Domingues
Continua a ser uma voz incómoda no clero português, refere o i, mas o Frei Bento Domingues garante que a sua frontalidade a sua mentalidade aberta sobre temas como a sexualidade nunca lhe deram, até agora, problemas de maior. Em entrevista a este jornal, afirma que é preciso ser mais aberto quanto à sexualidade e que “não podemos olhar para a relação sexual como um pecado”.
O Frei lembra que “todos os homens e mulheres são sexuais e o episcopado também nasceu de famílias”, pelo que o mais importante é perceber “a importância da sexualidade” numa relação, não devendo esta ser vista de forma egoísta, em que apenas um dos parceiros deseja obter prazer sem pensar no outro.
Ciente de que “o sexo não se trata só de procriação”, Bento Rodrigues afirma que “o prazer é essencial à vida humana” e que o ser humano é todo ele sexual”. Por isso, “não podemos olhar para a relação sexual como um pecado”.
“O pecado na relação sexual é muitas vezes as pessoas servirem-se da sedução para enganar o outro e ter apenas umas horas de prazer”, refere.
Aberto também à questão da homossexualidade, o frei diz que a Igreja deve “acolher bem as pessoas”, embora não se deva fazer “da homossexualidade um cartão de visita”, pois questões como a do orgulho gay já não são do seu agrado.
“O orgulho que deve existir é de sermos humanos uns com os outros”, atira, defendendo que “a Igreja deve fazer uma redescoberta no campo da sexualidade”.
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