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NATO condena ameaças da Coreia do Norte
Os chefes da diplomacia da NATO condenaram esta terça-feira o programa de armamento nuclear da Coreia do Norte e a recente escalada verbal e ameaças, enquanto Pyongyang reiterou a exigência de ser reconhecida como potência nuclear.
© EPA
Mundo Discórdia
"Os ministros dos Negócios Estrangeiros da NATO condenam os programas de desenvolvimento de mísseis balísticos e armas nucleares que a Coreia do Norte continua a desenvolver, tal como os recentes discursos virulentos e ameaçadores", de acordo com um comunicado publicado no final de uma sessão de trabalho dos chefes da diplomacia da Aliança Atlântica, em Bruxelas.
"As acções provocadoras da Coreia do Norte violam directamente as resoluções do Conselho de Segurança da ONU e minam seriamente a estabilidade regional, dificultam as perspectivas de uma paz duradoura na península da Coreia e ameaçam a paz e a segurança internacional", acrescentaram os 28 países-membros da NATO.
Os membros da Aliança sublinharam o apoio à resolução do Conselho de Segurança que condena o teste nuclear norte-coreano de 12 de Fevereiro e impõe novas sanções a Pyongyang.
A NATO exortou a Coreia do Norte a "abster-se de quaisquer novas provocações" e a respeitar as obrigações internacionais.
"A Coreia do Norte deve abandonar todas as armas nucleares e todos os programas nucleares e balísticos existentes, de forma completa, verificável e irreversível, e deve comprometer-se em negociações sérias e autênticas sobre a desnuclearização", acrescentou.
A Coreia do Norte reiterou hoje a exigência de ser reconhecida como potência nuclear pela comunidade internacional, numa condição prévia para o reinício do diálogo com os Estados Unidos e aliados.
Este reinício do diálogo será feito "entre Estados que possuam armas nucleares", ou não acontecerá, avisou o jornal oficial norte-coreano Rodong Sinmun.
A condição imposta de que Pyongyang abandone o programa nuclear e balístico, antes de regressar à mesa das negociações com Washington, é totalmente inaceitável, acrescentou.
Pyongyang, que reivindica o estatuto de potência nuclear, é suspeita de possuir várias bombas atómicas e de proceder a testes para conseguir a miniaturização.
As negociações sobre o programa nuclear norte-coreano e desnuclearização realizam-se entre seis países: Coreia do Norte, Coreia do Sul, Estados Unidos, Japão, China e Rússia.
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