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Sofid espera atingir 12 ME este ano em apoio ao investimento

O fundo Investimoz, gerido pela Sofid, espera atingir este ano 12,9 milhões de euros no financiamento a oito projetos de investimentos em Moçambique, quatro dos quais já aprovados, disse à Lusa a administração da instituição financeira de crédito portuguesa.

Sofid espera atingir 12 ME este ano em apoio ao investimento
Notícias ao Minuto

10:27 - 30/08/15 por Lusa

Mundo Moçambique

Além dos quatro projetos aprovados pela Sofid (Sociedade para o Financiamento do Desenvolvimento), dois deles já contratados, estão em análise outros quatro, informou Francisco Almeida Leite, administrador-executivo da instituição financeira.

Os projetos já aprovados, uma unidade metalomecânica da Mecwide em Moçambique e um hotel da Promozing no norte do país, implicam um financiamento da Sofid de 2,8 milhões de euros para um investimento total de 17,1 milhões de euros.

Até ao fim do ano, Almeida Leite espera que o total de financiamentos da Sofid em Moçambique, no âmbito do Investimoz, atinja 12,9 milhões de euros, alavancando um investimento total de 78,9 milhões, em que quase metade deste valor representa um projeto no setor têxtil ainda em apreciação pela comissão conjunta da instituição de crédito.

"Se isto vier a acontecer, estamos preparados para sinalizar ao Estado português mais uma 'tranche' do fundo", afirmou o administrador da Sofid, entidade detida em 60% pela Direção Geral do Tesouro e Finanças e que prevê a disponibilização do capital do Investimoz à medida que o fundo vai sendo canalizado para os projetos.

Com uma dotação de 94 milhões de euros, o Investimoz foi criado pelos estados português e moçambicano em 2010, na sequência da alienação do capital da barragem de Cahora Bassa, mas o fundo, segundo Almeida Leite, esteve parado durante quatro anos e acabou por ser revisto por não se adequar à realidade moçambicana.

O Investimoz tem três modelos de financiamento, assentes na participação do fundo no capital de empresas portuguesas ou consórcios luso-moçambicanos ou ainda no empréstimo para a aquisição de participações em sociedades dos dois países.

Segundo o administrador-executivo da Sofid, mais de vinte outros projetos pretendem candidatar-se ao financiamento do Investimoz, em vários setores, como agricultura, agroindústria, têxtil e pescas.

Apesar de Moçambique estar muito focado na expetativa da exploração dos recursos naturais, Francisco Almeida Leite salienta que estão no 'pipeline' do Investimoz futuros negócios fora da indústria extrativa e que "são importantes quer para a economia moçambicana quer para as empresas portuguesas, que se internacionalizam através deste mercado".

A Sofid tem outros modelos de apoio, nomeadamente a prestação de garantias e financiamentos de investimentos, e Moçambique, observou, representa 37% da carteira de negócios da entidade financeira.

A administração da Sofid, através do diretor-executivo, Paulo Lopes, e de Almeida Leite, encontra-se na capital moçambicana para participar na 51.ª Feira Internacional de Maputo (Facim), que arranca na segunda-feira com 42 empresas portuguesas registadas no pavilhão de Portugal e outras dezenas noutros espaços do maior evento empresarial moçambicano.

Além da participação na feira, em parceria coma Aicep (Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal), "é uma visita muito comercial para identificar projetos que podem ser financiados pelo fundo", sublinhou o administrador-executivo.

A Sofid foi criada em 2007 com o objetivo de financiar projetos de internacionalização de empresas em países emergentes e em vias de desenvolvimento, sendo detida em 60% pelo Estado português e o capital restante pertence aos principais bancos comerciais de Portugal.

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