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Primeiro-ministro diz que pedido de reconhecimento do genocídio é racismo

O primeiro-ministro turco, Ahmet Davutoglu, condenou hoje a resolução do Parlamento Europeu que pede à Turquia para reconhecer o genocídio arménio de 1915, afirmando que ela simboliza o aumento "do racismo" na Europa.

Primeiro-ministro diz que pedido de reconhecimento do genocídio é racismo
Notícias ao Minuto

16:12 - 17/04/15 por Lusa

Mundo Ahmet Davutoglu

"Se quer contribuir para a paz, o Parlamento Europeu não devia tomar decisões que incitam ao ódio em relação a uma determinada religião ou grupo étnico", declarou Davutoglu à imprensa em Ancara.

"Esta questão já vai além da questão turco-arménia. É mais um sinal do racismo na Europa", adiantou.

O chefe do governo islamita conservador turco também criticou a presença, na assembleia europeia, de deputados nacionalistas ou de extrema-direita.

"Todos os grupos marginais da Europa conseguiram ter lugares no Parlamento Europeu", lamentou Davutoglu, considerando que as decisões são tomadas de "modo muito ligeiro".

Com a aproximação das cerimónias do centenário dos massacres de arménios realizados pelo Império Otomano a partir de 1915, a tensão tem subido entre a Turquia, que rejeita a qualificação de genocídio, e os países ou instituições que a incentivam a aproveitar a ocasião para o fazer.

O papa Francisco evocou a semana passado aquele genocídio, causando a fúria de Ancara que chamou o seu embaixador no Vaticano.

Segundo a Arménia e várias outros países, os massacres causaram a morte a 1,5 milhões de arménios durante uma campanha de eliminação sistemática.

A Turquia só reconhece a morte durante as deportações de cerca de meio milhão de pessoas, vítimas de grupos armados e da fome.

Davutoglu lembrou "o sofrimento" vivido na mesma época pelos "turcos muçulmanos", seguindo a posição habitual do seu governo, e assinalou que a Turquia "nunca se curvará".

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