Indianos estudam saída de Moçambique por falta de rentabilidade
A Economist Intelligence Unit (EIU) considera que as notícias sobre a possível saída das indianas Tata Steel e Coal India das operações em Moçambique resultam dos constrangimentos das infraestruturas, instabilidade política e incerteza legal, que afeta a rentabilidade.
© Lusa
Mundo Economist
De acordo com uma nota aos investidores, a que a Lusa teve acesso, a unidade de análise económica da revista britânica The Economist afirma que "os preços baixos das matérias-primas a nível internacional, juntamente com os constrangimentos das infraestruturas, a instabilidade política e algum nível de incerteza legal em Moçambique estão a prejudicar a rentabilidade do setor da exploração mineira de carvão".
Na análise conjuntural, os economistas da EIU admitem que "apesar de a nova linha ferroviária entre Tete e o porto de Nacala ir, em parte, aliviar o estrangulamento causado pelas infraestruturas deficientes, outro projeto logístico que envolve a construção de uma linha ferroviária de Tete até ao porto de Macusse, na Zambézia, ainda tem de garantir o financiamento".
O comentário surge na sequência de notícias que dão conta da possível saída de duas grandes empresas da Índia, a Coal India e a Tata Steel, das operações que têm em curso em Moçambique na área do carvão.
Segundo a imprensa, a Tata Steel não vai realizar novos investimentos na área do carvão em Moçambique, e pretende vender os que tem. A empresa tem 35% do projeto de carvão em Benga, na província de Tete, onde estava em parceria com os anglo-australianos da Rio Tinto.
A decisão, no entanto, não é ainda oficial, porque segundo um comunicado, ainda decorrem negociações com a International Coal Ventures Private Limited, um consórcio estatal de cinco empresas indianas, e tomaria uma decisão estratégica e final depois das conversações.
Por outro lado, foi noticiado ainda esta semana que a Coal India, que anunciou recentemente a saída do consórcio estatal criado para procurar carvão no estrangeiro para o consumo interno, deverá anunciar em setembro a decisão final sobre a saída ou não das suas duas operações em Moçambique, alegadamente pela fraca qualidade do carvão que está a explorar na província de Tete.
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