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Especialistas esperam mais estrelas Michelin para Portugal

Críticos e especialistas em gastronomia aplaudiram a atribuição da primeira estrela do Guia Michelin a um novo restaurante português e lamentaram a retirada desta distinção a outro espaço, manifestando votos de que Portugal obtenha melhores resultados no futuro.

Especialistas esperam mais estrelas Michelin para Portugal
Notícias ao Minuto

15:47 - 26/11/15 por Lusa

Lifestyle Lazer

O Guia Michelin Espanha e Portugal 2016, apresentado esta quarta-feira à noite em Santiago de Compostela, na Galiza, distingue 14 restaurantes portugueses, tantos quantos na edição deste ano.

São 11 espaços com uma estrela (que corresponde à classificação de restaurante onde 'vale a pena parar'), sendo a novidade o restaurante Bon Bon (Carvoeiro, chefiado por Rui Silvestre), que se juntou aos Pedro Lemos (Porto), São Gabriel (Almancil), Willie's (Vilamoura), Henrique Leis (Almancil), Il Gallo d'Oro (Funchal), Casa da Calçada (Amarante), Fortaleza do Guincho (Cascais), The Yeatman (Vila Nova de Gaia), Feitoria (Lisboa) e Eleven (Lisboa). O L'And Vineyards, em Montemor-o-Novo, chefiado por Miguel Laffan, perdeu a estrela que lhe tinha sido atribuída em 2014.

O guia manteve as duas estrelas ('cozinha excelente, vale a pena o desvio') a três restaurantes portugueses: Belcanto (Lisboa), Vila Joya (Albufeira) e Ocean (Porches).

Em declarações à Lusa, o coordenador do projeto de gastronomia do Turismo de Lisboa, Duarte Calvão, que assistiu à cerimónia de lançamento do guia, destacou a primeira estrela ao Bon Bon. "É muito agradável ver um jovem chef português a ser reconhecido", considerou, mas admitiu que não conhecia este restaurante.

"Tinham-me falado nos últimos dias como uma possibilidade, mas não acreditei, até porque o nome não ajuda, parece nome de um snack-bar", afirmou.

Por outro lado, a perda da estrela do L'And Vineyards "mostra aos chefes de cozinha e aos donos dos restaurantes que não basta conquistar uma estrela, é preciso saber mantê-la, ter uma equipa e condições".

Sobre o balanço geral, Duarte Calvão considerou que "fica sempre a ideia de que a Michelin podia ser mais mãos-largas" com Portugal -- no guia ibérico, considerado uma referência mundial na classificação de restaurantes, há 188 restaurantes distinguidos com uma, duas ou três estrelas, dos quais apenas 14 são portugueses.

Também Fortunato da Câmara, crítico e autor de livros sobre gastronomia, disse em Santiago de Compostela que este foi "um ano assim-assim".

Sobre a retirada da estrela ao L'And Vineyards, o crítico gastronómico considerou que serve de exemplo.

"É triste que isto tenha acontecido, mas deu para perceber que a Michelin está atenta e percebe quando os chefs se dispersam", defendeu.

Sobre a nova estrela, Fortunato da Câmara admitiu que foi entregue a um restaurante que "estava completamente fora do radar", mas lembrou que "a Michelin às vezes gosta de fazer estas surpresas".

Carlos Fontão de Carvalho, membro da direção da Academia Portuguesa de Gastronomia, que marcou também presença no lançamento do guia, disse que as distinções de 2016 ficaram "aquém das expectativas" e confessou que estava "à espera de mais estrelas atribuídas e que alguns restaurantes aumentassem o número de estrelas que têm".

"Espero que os inspetores do Guia Michelin olhem para Portugal e para o trabalho que tem sido feito e que tem permitido melhorar significativamente [a oferta gastronómica], a todos os níveis", disse à Lusa.

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