De acordo com uma análise citada pelo jornal, dos 100 canais com crescimento mais rápido em julho deste ano, nove exibiram conteúdos exclusivamente gerados por IA.
"As ofertas incluem canais com narrativas bizarras, como um bebé gatinhando num foguete espacial em pré-lançamento, um Cristiano Ronaldo morto-vivo e melodramas com gatos humanizados", são alguns dos exemplos citados pelo jornal britânico, explicando que a criação deste tipo de vídeos aumentou com o lançamento de ferramentas, como o Veo 3 da Google ou o Grok Imagine de Elon Musk.
Apesar dos canais em questão terem milhões de subscritores e os vídeos alcançam milhões de visualizações, "muitos destes vídeos qualificam-se como 'lixo de IA', referindo-se a conteúdo de baixa qualidade produzido em massa".
Neste contexto, o YouTube "tentou conter o dilúvio de lixo bloqueando o compartilhamento de receita de publicidade a canais que publicam conteúdo repetitivo e inautêntico".
"Todo o conteúdo enviado ao YouTube está sujeito a diretrizes da comunidade, independentemente de como é gerado", afirmou um porta-voz do YouTube, citado pelo jornal britânico.
Contactado pelo The Guardian, a plataforma mencionou ter removido três canais e bloqueado outros dois de receber receitas de publicidade.
O fenómeno da criação de vídeos de IA não é exclusivo do YouTube, estando presente em plataformas como o Instagram ou o TikTok, embora estas plataformas exigem que todo o conteúdo realista de IA seja rotulado.
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