"O magistrado do Tribunal Distrital de Tagansky, em Moscovo, considerou o Telegram culpado de uma violação administrativa" devido à sua recusa em cumprir a lei russa de proteção de dados, informou o serviço de imprensa dos tribunais de Moscovo na própria rede visada.
Por esta violação, o tribunal aplicou uma multa de 3,5 milhões de rublos (38 mil euros), segundo o serviço de imprensa.
Desde setembro de 2015 que a Rússia exige que as empresas que processam dados pessoais de cidadãos russos localizem os servidores que mantêm este tipo de informação no seu território.
Além disso, o tribunal multou o Telegram em sete milhões de rublos (mais de 75 mil euros) por se recusar a remover informações proibidas no país.
A lei russa proíbe a divulgação de informações que incitem ao ódio étnico, racial ou religioso, que representem uma ameaça para a vida e saúde dos menores, ou que os incentive a usar drogas, tabaco ou álcool, a envolver-se em jogos de azar, a prostituir-se ou vadiagem.
Proíbe também 'sites' que justifiquem o tratamento cruel dos animais, neguem "valores familiares" ou promovam "relações sexuais não tradicionais".
Desde o início da invasão da Ucrânia, em fevereiro de 2022, a Rússia tem perseguido conteúdos que considera "informações falsas" sobre o que é designado no país como "operação militar especial".
O Telegram não é a única empresa tecnológica a sofrer perseguições por parte da justiça russa, que sancionou as redes sociais Facebook, X e TikTok, e bloqueou o acesso às duas primeiras plataformas e também ao Instagram.
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