"As conclusões do inquérito ao Banif são simples"
Deputado do PCP lamenta que as auditoras "revelem ou ocultem as práticas ilícitas em função do cliente, não da lei".
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Política PCP
Decorreu esta quarta-feira mais uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) ao Banif, onde Mário Centeno, ministro das Finanças, disse “reiterar” todas as declarações que fez na primeira audição, declarações essas que partidos como o PSD consideraram como “ocultação” de alguns factos sobre a medida de resolução adotada ao Banco.
Através das redes sociais, o deputado do PCP Miguel Tiago deixou breves conclusões sobre o inquérito, sendo uma delas o facto de a Ernst & Young “não ter visto nada apesar de ter sido auditor externo do Banif no mesmo período de tempo sobre o qual incide uma auditoria forense que identifica inúmeras irregularidades”.
Casos como este, diz, “não é a primeira vez” que acontecem “nem será a última”. Partindo da premissa de que “as auditoras conseguem os resultados em função da tarefa que lhes é pedida e não nos termos da legislação que rege o seu trabalho”, Miguel Tiago diz não ser por acaso que nos vários casos de Bancos que colapsam por práticas de descapitalização e de financiamento a "amigos" e accionistas, o auditor externo pago pela instituição bancária nunca vê nada nem detecta nada e o auditor indicado pelo Banco de Portugal para auditorias forenses detecta logo um monte de problemas”.
Por isso mesmo, lamenta, “as auditoras revelam ou ocultam as práticas ilícitas ou irregulares da banca em função do cliente, não da lei”.
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