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Foi António Costa quem ultrapassou "linhas vermelhas" de Mário Soares

O ex-ministro das Finanças de Cavaco Silva Eduardo Catroga escusou-se hoje a fazer uma leitura nacional do acordo açoriano entre PSD e Chega, mas defendeu que foi o PS, em 2015, a ultrapassar "linhas vermelhas" do fundador, Mário Soares.

Foi António Costa quem ultrapassou "linhas vermelhas" de Mário Soares
Notícias ao Minuto

18:36 - 23/11/20 por Lusa

Política Eduardo Catroga

O economista e gestor de 78 anos equiparou o facto de "o PSD regional (Açores) aceitar o apoio do Chega para conseguir formar Governo Regional, como António Costa aceitar o apoio do PCP e do BE, em 2015".

Eduardo Catroga, em entrevista à Lusa a propósito da publicação do seu último livro "Desenvolver Portugal -- Reflexões em tempos de pandemia", da Bertrand/Círculo, disse não saber "o que é o Chega", que considera "um grupo de descontentes".

"Eu não sei o que é o Chega. Vejo-o como um grupo de descontentes. Ainda não sei qual é a expressão eleitoral nem qual será a sua filosofia política, portanto só o tempo o dirá...", limitou-se a dizer, questionado sobre a possibilidade de reedição do entendimento em futuras eleições legislativas nacionais.

Para Catroga, atual representante do maior acionista da EDP - a chinesa Three Gorges - no Conselho Geral e de Supervisão da elétrica, "em 2015, quando o PS ultrapassou as linhas vermelhas de Mário Soares e atraiu para o círculo do poder os elementos à esquerda (BE, PCP, 'Os Verdes'), que são anti-Europa, anti-euro, anti-NATO, anti-tudo, quebrou um princípio fundamental - uma regra consuetudinária, que é 'o partido que tem mais votos que deve governar'".

Implicitamente, "o principal partido oposicionista que perdeu deve ir para a oposição e deve deixar governar durante alguma tempo sem criar obstáculos decisivos", na opinião do negociador do PSD para o memorando de entendimento com a troika (União Europeia, Banco Central Europeu e Fundo Monetário Internacional) e resgate do país, em 2011.

"Desenvolver Portugal -- Reflexões em tempos de pandemia" tem prefácio de José Miguel Júdice, a chancela da Bertrand/Círculo e nele se apela à "responsabilidade de partidos que representam 85% do eleitorado" (PS, PSD e CDS-PP) para "soluções governativas estáveis e coerentes".

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