Catroga observou que "o primeiro mandato" de Marcelo Rebelo de Sousa "foi muito condicionado pelas vicissitudes e controlo de danos por o PS ter ultrapassado as linhas vermelhas (com acordos de governação à esquerda)" e que, "agora, num segundo mandato, tudo depende do contexto político".
Eduardo Catroga falava à Lusa a propósito do livro que publicou "Desenvolver Portugal -- Reflexões em tempos de pandemia", com prefácio de José Miguel Júdice e a chancela da Bertrand/Círculo, no qual apela à "responsabilidade de partidos que representam 85% do eleitorado" (PS, PSD e CDS-PP) para "soluções governativas estáveis e coerentes".
"O que espero é que o Presidente seja um agente propulsor, utilizando a sua magistratura de influência, no sentido de o país fazer as reformas políticas, económicas e sociais, em termos estruturais dos três pilares que apontei (político-institucional, económico-financeiro e social), para dar um salto no processo de convergência real na aproximação aos níveis de vida europeus e não caminhar para a cauda da Europa", desejou.
O chefe de Estado, que ainda não assumiu a recandidatura ao cargo, deverá marcar as eleições presidenciais esta terça-feira para o dia 24 de janeiro.