"Nas próximas semanas será anunciado. [...] Nas próximas semanas, durante o verão", afirmou hoje, quando questionado pelos jornalistas antes de uma reunião com a administração do Hospital Amadora-Sintra.
André Ventura recusou também estar a ter dificuldades em encontrar quadros para integrar esta espécie de executivo alternativo do Chega.
"Pelo contrário, até são demais aqueles que querem, e eu até tenho que estar a dizer 'você não, você não, você não'. São tantos que eu até tenho que lhes dizer "afaste-se que nós já não temos lugar para ninguém'", referiu.
Em 20 de maio, dois dias depois das últimas eleições legislativas, o líder do Chega anunciou, no final de uma audiência com o Presidente da República, que iria apresentar "um governo alternativo".
No dia seguinte, em entrevista à SIC, indicou que se trataria de um "governo-sombra" constituído por "uma grande parte" de nomes de fora do partido, e referiu que o objetivo seria ter uma equipa pronta para governar o país, quando e se for necessário.
Noutra entrevista no mesmo dia, à TVI e CNN Portugal, André Ventura disse que o Chega iria apresentar "nas próximas semanas" um "governo sombra que fiscalize a atividade do governo nas várias áreas", constituído por "independentes, pessoas da sociedade civil com valor, pessoas que tenham currículo nas áreas da saúde, da habitação, da economia".
Mais tarde, em 06 de junho, disse que iria começar a fazer convites nesse mesmo dia.
Já em entrevista à Antena1 no dia 18 de junho, referiu não ter pressa e apontou a apresentação desta equipa para antes de o parlamento suspender a sessão legislativa para as férias de verão.
O último plenário está marcado para quinta-feira, com a realização do debate sobre o Estado da Nação, com a presença do primeiro-ministro, Luís Montenegro.
As comissões vão reunir-se até dia 25 de julho, na maioria dos casos para conclusão de redações finais.
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