A ausência de Cristiano Ronaldo no último adeus aos irmãos Diogo Jota e André Silva, que aconteceu no passado sábado, dia 5 de julho, foi muito comentada e mesmo criticada por parte de várias figuras públicas, entre elas, Ana Garcia Martins.
O assunto foi também analisado no programa 'Passadeira Vermelha', da SIC Caras, com Hugo Mendes a lembrar o funeral do próprio irmão, Nuno Mendes, que perdeu a vida aos 27 anos enquanto arbitrava um jogo de futebol.
"O meu irmão morreu em contexto futebolístico, morreu na sequência de um ataque cardíaco num jogo de futebol", começou por dizer, lembrando o falecimento que aconteceu em 2003.
"No dia do funeral estava lá a Federação Portuguesa, que eu sempre estimei imenso - tiveram um papel importantíssimo na vida da minha família e nesse momento em particular. Claro que deveriam estar representados nos seus estatutos, estavam lá as equipas, estavam lá várias equipas de arbitragem, foram feitas várias homenagens e eu não me recordo. Recordo-me de um cemitério cheio de pessoas, de eu ter feito um discurso e ter pedido um aplauso. Senti cada aplauso", relatou.
"Quem lá estava eu não sei e quem não estava lá tenho a certeza que aplaudiu em casa. A minha avó estava duas ruas abaixo e não conseguiu ir, não teve essa capacidade e não deixou de estar presente à sua maneira", disse ainda.
Na visão do comentador, o craque procurou "prevenir-se" daquilo que não controla, neste caso, "as pessoas".
Este lamentou ainda a falta de sensibilidade por parte de fotógrafos nas cerimónias fúnebres: "No funeral do meu irmão havia um fotógrafo que estava em cima do muro a fotografar o caixão aberto e acho isso de uma exploração animal. Portanto haverá fotografias, que espero nunca as ver na vida, de um momento que era nosso, que era íntimo".
"Mas nós não conseguimos controlar a imprensa, as pessoas, o público, o que lá vão fazer a seguir", concluiu.
Hugo Mendes, recorde-se, tinha apenas 17 anos quando perdeu o irmão no dia 1 de maio de 2003.
Há 15 anos chorou ainda a morte do pai, a quem dedicou uma bonita mensagem a propósito do Dia do Pai, após ser desafiado pelo programa 'Júlia'. "Despedi-me do meu pai há cerca de 15 anos e se eu hoje lhe pudesse dizer algo era para lhe agradecer tudo aquilo que herdei, o espírito divertido, malandro, esta vontade de querer ver os outros felizes, os valores, a educação, o amor. O meu pai partiu há 15 anos e eu, desde essa altura, nunca fui capaz de apagar o seu contacto da minha lista de telemóvel. E quem me dera que lhe pudesse ligar hoje e todos os dias".