"O PSD não pode ser apenas uma máquina de poder"
O presidente do Conselho Estratégico Nacional do PSD, David Justino, afirmou hoje que o "partido não pode ser apenas uma máquina de poder", sublinhando que "quer ser a alternativa que os portugueses procuram".
© Global Imagens
Política David Justino
"Um partido como o PSD não pode ser apenas uma máquina de poder, tem de ser a voz organizada da sociedade, dos seus problemas e das suas aspirações, da sua consciência e da sua ambição", disse.
Na sessão de encerramento da convenção nacional do Conselho Estratégico do partido em Santa Maria da Feira, David Justino assumiu que o PSD quer ser alternativa ao Governo, afirmando como a voz dos que não se reveem nesta solução governativa.
"De pouco nos serve querermos liderar a oposição se não conseguirmos liderar a alternativa a este governo. Esta é a alternativa em movimento e podem ter a certeza de que não nos vão fazer parar", garantiu.
Para Justino, o desafio do partido é colocar as pessoas no centro das políticas públicas.
"Não é normal o ambiente que se vive na sociedade portuguesa. Identificamos, nos mais variados domínios, uma clara degradação da vida pública", como demonstra, por exemplo, "a conflitualidade laboral e as greves no setor público cujo número e consequência de há muito ultrapassaram os piores anos da Troika".
Acresce ainda, prosseguiu, o colapso de infraestruturas, a supressão de transportes e serviços, o aumento da sinistralidade, a multiplicação dos casos de violência doméstica e as listas de espera que se eternizam. "Em suma, um indisfarçável sentimento de impotência, de injustiça e de insegurança face a um Estado que não responde às inquietações e problemas dos cidadãos".
Para o presidente do CEN, é preciso um governo que "devolva confiança e esperança" no futuro.
"Os portugueses estão cansados de navegar à vista, num barco sem destino, sem rota nem timoneiro", disse.
De acordo com aquele dirigente, na economia, o país continua a apostar "num modelo que está esgotado" assente em baixos salários e baixas qualificações, quando devia concentrar-se, sustenta, no investimento e nas exportações.
"Esperar que seja o consumo interno o motor do crescimento é uma quimera facilmente desvendadas pelas elevadas taxas de endividamento das famílias e pela redução da poupança a mínimos históricos", advogou.
David Justino defendeu ainda que, no caso da educação, há que reconhecer que a sua importância "não tem sido respeitada pelo atual governo que enche a boca de escola pública, mas despreza quem a faz todos os dias", afirmou.
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