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A lição que os membros da UE aprenderam sobre o Brexit, segundo Marcelo

Marcelo Rebelo de Sousa lembra Parlamento britânico que conteúdo do acordo para o Brexit é bom tanto para a União Europeia como para o Reino Unido. Presidente aplaude a UE pela forma como lidou com este 'divórcio' e reconhece ainda que todos os Estados-membros aprenderam uma "importante lição" com o Brexit.

A lição que os membros da UE aprenderam sobre o Brexit, segundo Marcelo
Notícias ao Minuto

19:57 - 27/11/18 por Melissa Lopes

Política Presidentes

O acordo entre a União Europeia e o Reino Unido para o Brexit foi aprovado pelos 27 no domingo passado, numa Cimeira extraordinária em Bruxelas. Contudo, Theresa May não parece ter a vida facilitada no Parlamento britânico onde o acordo ainda vai ter de ser votado, no próximo dia 11 de dezembro. 

Questionado esta terça-feira sobre este divórcio, o chefe de Estado português aplaudiu a União Europeia pela forma como se debruçou sobre o Brexit.

“A UE no que dependia dela atuou muito bem. Entendeu-se. Os 27 não tiveram divergências. [A UE] actuou em conjunto, chegou rapidamente a uma conclusão. Agora depende do Parlamento britânico”, analisou Marcelo.

Se o Parlamento britânico “olhar para o conteúdo do acordo atingido, verificará que é bom para a UE e que é bom para o Reino Unido”, frisou, reconhecendo que deste processo “houve uma lição importante que foi retirada para os próprios membros”.

“Uma decisão de saída é fácil de tirar num determinado momento, mas depois há custos que não se imagina e que só o tempo depois revela como são pesados, desde logo a negociação decorrente da decisão, e depois o tipo de relacionamento futuro com o grupo de onde se sai”, explicou Marcelo, convencido de que os membros da UE aprenderam esta lição. 

A primeira-ministra britânica já avisou: rejeitar este acordo será “voltar à estaca zero”. Numa declaração feita na segunda-feira, na Câmara dos Comuns, em que deu conta da aprovação formal no domingo em Bruxelas do Acordo de Saída do Reino Unido da UE, May apresentou uma escolha aos deputados.

"Esta câmara pode apoiar este acordo, concretizar a votação do referendo e avançar para a construção de um futuro mais brilhante de oportunidades e prosperidade para todos. Ou esta Câmara pode optar por rejeitar este acordo e voltar à estaca zero", resumiu.

A primeira-ministra admitiu que "ninguém sabe o que aconteceria se o acordo não fosse aprovado", mas advertiu para "mais discórdia e mais incerteza, com todos os riscos que isso acarretaria".

May invocou o "interesse nacional" e o desejo de "unir novamente como país, seja qual for a maneira que tenhamos votado" no referendo de 2016.

O líder da oposição, o trabalhista, Jeremy Corbyn, reiterou a oposição ao documento, e qualificou como um "ato de automutilação nacional" a insistência de May em defender este acordo devido ao risco de ser rejeitado.

Os partidos da oposição, nomeadamente o partido Trabalhista, os Liberais Democratas e o Partido Nacionalista Escocês, manifestaram a intenção de chumbar o acordo, juntamente com dezenas de deputados do partido Conservador e do Partido Democrata Unionista, aliado do governo.

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