"Governo devia ter aproveitado a proposta dos professores, mas não quis"
O fundador do Bloco de Esquerda comentou, esta sexta-feira à noite, o impasse que se vive na Educação e que hoje teve novos desenvolvimentos, com o Governo e sindicatos a não chegarem a um acordo e com os professores a partirem para a greve.
© Global Imagens
Política Francisco Louçã
No seu comentário semanal na antena da SIC Notícias, Francisco Louçã abordou o resultado final da reunião de hoje entre o Ministério da Educação e os sindicatos dos professores. O antigo coordenador do Bloco de Esquerda começou por explicar que o “Governo está dividido” quanto à estratégia a seguir nesta polémica.
Por um lado, referiu, há “ministros” que defendem “levar os professores à parede” para assim o Governo “capitalizar” o descontentamento dos pais para com a instabilidade criada nas escolas. Afinal, lembrou, as eleições são já no próximo ano.
Por outro lado, há “ministros que pensam que o PS tem obrigações para com os professores depois do que lhes fez no governo de maioria absoluta que teve”.
Porém, sublinhou Francisco Louçã, a questão crucial e mais importante é as “escolas estarem estáveis, mobilizadas e com os professores motivados”, o que não está a acontecer.
Face ao resultado da reunião de hoje, o bloquista diz que “está agora em aberto a última fase possível da disputa e que é o Governo fazer o seu decreto de lei e ver como a Assembleia da República o interpretará”.
Na opinião do fundador do Bloco de Esquerda, o “Governo deveria ter aproveitado para negociar a proposta faseada apresentada pelos sindicatos, mas não quis”.
Recorde-se que a reunião de hoje terminou sem acordo, o que levou Mário Nogueira, da Fenprof, a anunciar uma greve dos professores entre os dias 1 e 4 de outubro e uma manifestação nacional para dia 5.
Descarregue a nossa App gratuita.
Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.
* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com