DGS descarta obrigatoriedade da máscara, mas recomenda uso
Máscara deve ser usada em espaços fechados, segundo Graça Freitas.
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País DGS
A diretora-geral da Saúde, Graça Freitas, descartou, esta quinta-feira, o regresso da obrigatoriedade da máscara, mas recomenda o uso do equipamento de proteção individual em espaços fechados e em aglomerados.
Numa entrevista na TVI, a responsável da Direção-Geral da Saúde (DGS) foi questionada sobre os cuidados a ter nesta fase da pandemia de Covid-19, que considerou serem "aqueles que todos conhecemos".
"Tenho usado sempre, sempre a máscara. Acho que as pessoas deviam fazê-lo em ambientes fechados e em aglomerados", começou por dizer.
"Em ambientes laborais, obviamente que se eu estiver sozinha no meu gabinete, com este magnifico tempo, e janela aberta, eu não estou com máscara. Mas quando entra alguém no meu gabinete eu ponho a máscara e o outro vem voluntariamente também com máscara", notou.
Ainda assim, Graça Freitas recusa a obrigatoriedade do equipamento.
"Eu creio que, nesta fase, uma recomendação é suficiente", notou. "Obviamente a máscara é aconselhada. Não só a máscara, mas todas as medidas", sublinhou.
Linhagem da Ómicron é mais contagiosa e específica da sexta vaga
Ao falar sobre o aumento de casos que se vive, a diretora-geral da Saúde admitiu ainda que "provavelmente" esta é uma "sexta vaga" da pandemia em Portugal, não só pela "dimensão de casos", mas porque há uma linhagem da variante Ómicron que é específica desta vaga, a BA.2.
"Esta linhagem da variante tem duas características negativas e uma positiva. As duas negativas é porque se transmite muito facilmente. Ainda mais [do que a Ómicron original]. A segunda situação é em relação à infeção - não estamos a falar da doença grave - é que esta linhagem tem a capacidade de escapar ao nosso sistema imunitário", disse, explicando que, apesar de "ficar alguma memória imunológica", há pessoas que podem já ter sido infetadas a primeira vez com a Ómicron e agora voltam a ser infetadas com esta linhagem.
"Felizmente não é mais grave do que as outras", disse, realçando a outra característica positiva desta linhagem.
Confrontada com o facto de haver alguns casos de morte e internamentos acima do desejado, a responsável nota que é "a força dos números". "Se há muito casos, proporcionalmente também haverá os óbitos e os internamentos", constatou.
Admitindo que neste momento o país está acima do limiar de segurança decretado pelo Governo, Graça Freitas confirmou também a previsão de 60 mil infeções diárias daqui a duas semanas.
Segunda dose de reforço não vai ser alargada a toda a população
A diretora-geral da Saúde descartou ainda a generalização da segunda dose de reforço a toda a população.
"Nós já fizemos a vacinação universal da população, com muitíssimos bons resultados, e, agora, estamos numa estratégia que não é para prevenir ou controlar a infeção, é para proteção de vulneráveis, que é uma estratégia que nós utilizamos também para a gripe", completou.
[Notícia atualizada às 21h06]
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