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"Houve um debate sanitário, um debate político e um debate histórico"

Francisco Louçã comentou, na SIC, um dos temas que esteve no centro do debate nesta semana: a comemoração do 25 de Abril no Parlamento.

"Houve um debate sanitário, um debate político e um debate histórico"

Francisco Louçã falou, na noite desta sexta-feira no habitual espaço de comentário na SIC, sobre um dos temas que mais foi debatido ao longo desta semana: a comemoração do 25 de Abril no Parlamento. Para o ex-líder do Bloco de Esquerda, sobre este assunto "houve um debate sanitário, um debate político e um debate histórico"

Louçã iniciou a sua a análise referindo que "começou por haver a perceção que poderia haver uma sessão como muita gente", sendo que "chegou a circular a ideia de que poderiam ser 130 pessoas".

"É claro que a Democracia não está suspensa, o Parlamento continua a reunir, continua a votar. Se não houvesse Parlamento não haveria verificação e controlo sobre as atividades do Governo. E é assim que funciona a Democracia [...] O argumento de que estranho seria que um Parlamento a funcionar tivesse que fechar de propósito porque há o 25 de abril é estranho", considerou ainda o comentador. 

Aliás, prosseguiu, seria "estranho institucionalmente". E explicou: "O 25 de Abril é o único momento do ano em que o Presidente da República dirige uma comunicação ao Parlamento e ao país", destacando este significado político "particularmente na situação atual".

O ex-deputado acrescentou também que "esta cerimónia solene é o momento para fazer a homenagem às vítimas, às famílias e aos profissionais da saúde que estão a suportar o impacto desta pandemia e a defender Portugal". 

Francisco Louçã chamou ainda a atenção para este debate ter começado por ser "muito polarizado". Na sua opinião, "houve um momento de viragem neste contexto" por duas razões: o apelo encabeçado por Manuel Alegre - que era a favor das celebrações - e também o "começar-se a perceber que a sessão garantia as regras que o Parlamento pede ao país que cumpra", como o distanciamento social e a proteção das pessoas.

No meio do debate, destacou, houve ainda "um aspeto político um pouco marginal" entre o CDS e o Chega. Louçã mostrou um cartaz do partido liderado por André ventura onde podia-se ler 'Marcelo em quarentena. Um verdadeiro Presidente não se esconde", para seguidamente considerar que este incluía "não só a ofensa pessoal, o insulto, como a ideia de que não era tão importante assim cumprir-se estas regras"

Mas há outro argumento que "merece uma reflexão". Contando o exemplo de um cidadão que lhe escreveu a referir que a mulher estava internada nos Cuidados Intensivos e  que, por isso, não deveria haver festa, o comentador respondeu que "é precisamente por estar internada" que é "preciso homenagear as pessoas que estão nesta batalha" para salvar vidas. 

"Estou certo que o discurso do Presidente e de grande parte dos partidos será sobre essa homenagem e acho isso belíssimo e importantíssimo", concluiu. 

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