POUPANÇA NO MINUTO
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Com um feminismo saudável, feito de contrastes, o sexismo não existe
"As mulheres unidas jamais serão vencidas, é um clichê, mas é realmente o que eu sinto", admite o criador que homenageia o poder feminino numa coleção muito cor de rosa e cheia de flores.
© ModaLisboa
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O feminismo tem força, mas é ainda alvo de críticas, dúvidas, foi por isso que Gonçalo Peixoto quis fazer uma coleção sobre o feminismo, por saber que este é um tema "muito controverso". Além disso, e como explica ao Notícias ao Minuto, "o feminismo é uma palavra muito pesada, por isso o que tentei fazer foi neutraliza-la"
Fê-lo, com uma coleção que celebra a paixão entre mulheres, que vivem num mundo utópico "onde não existem homens, em que elas se apaixonam pelo ser por si só, sem sexismo", explica.
"Fui tentando neutralizar e não tratar o sexismo como um ataque ao sexo masculino ou ao próprio feminismo, porque é um tema mesmo controverso". Igualmente controversa ou contrastante é a própria mulehr, que é tão delicada quanto autónoma, uma ideia que o criador passa através de contrastes que se vêem nas peças onde domina o rosa e as flores.
Por um lado, apostei em materiais muito nobres, que tive de trabalhar para serem Gonçalo Peixoto, como as rendas bordadas ou as malhas tricotadas com os desenhos dos bordados, por exemplo. Por outro lado, todos os looks eram cortados com materiais mais técnicos, um bocadinho contemporâneos, com plásticos e PVCs, para assim dar duas entidades dentro do femenismo em que elas se uniam e resultava naquilo em que eu acredito que é o feminismo saudável", descreve-nos o criador.
Tais materiais mais técnicos de que se fala, são novidade para Gonçalo Peixoto, que quis arriscar e apostar em materiais com que não se sentisse confortável. "Quis mesmo trabalhá-los até chegar ao universo de Gonçalo Peixoto, e acho que no final o resultado foi isto mesmo".
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