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Tancos: "Querem resultados? Que se descubra quem montou a farsa"

Vasco Lourenço pede que se deixe de "exigir o esclarecimento total" do assalto a Tancos, mantendo a "convicção forte" de que tudo não passou de uma "farsa" montada para atacar o Governo e a Geringonça.

Tancos: "Querem resultados? Que se descubra quem montou a farsa"
Notícias ao Minuto

08:50 - 18/07/18 por Melissa Lopes

País Exército

O presidente da Associação 25 de Abril, Vasco Lourenço, reafirma a sua convicção de que o caso do assalto aos paióis do Exército em Tancos. Sublinhando que não tem “naturalmente” como provar a sua teoria que defende desde o início, o capitão de Abril reforça que tem uma convicção forte de que “tudo não passou de uma farsa, para acentuar e dramatizar ainda mais os ataques ao Governo, devido aos trágicos incêndios” do verão passado.

Vasco Lourenço admite que no ‘cozinhado’ terão havido factos concretos, “nomeadamente material em falta nos paióis”.

Factos esses que, "bem aproveitados, ajudaram a montar um cenário credível, mas, em meu entender, tudo não passou de uma enorme farsa!”, insiste o coronel.

Uma farsa que “ainda vive” e que, “lamentavelmente, continua, com todos os ingredientes”, considera, depois de o assunto ter agora regressado à agenda noticiosa, volvido mais de um ano, com o Presidente da República a exigir um "esclarecimento cabal". Fê-lo através de uma nota no site da Presidência da República, depois de ter sido noticiado que ainda há material desaparecido, nomeadamente explosivos. 

O presidente da Associação 25 de Abril diz compreender “como é difícil aceitar que se caiu num enorme logro, numa encenação político-criminal” (…) onde se denunciava a enorme gravidade do ‘assalto’". 

É compreensível que, quem assim procedeu – do cimo da sua posição altamente responsável – tenha dificuldade em deixar cair tudo no esquecimento”, sublinha, referindo-se aos “não responsáveis pelas áreas afectadas”, cujo papel é “gritar contra o descalabro do Exército, das Forças Armadas, do Governo, da Geringonça!”.

E nesta "recuperação do fenómeno", frisa Vasco Lourenço, que "a farsa continua" com a "manutenção de dados divulgados nas horas que se seguiram ao 'assalto' – continuam a escrever como se tudo se tivesse passado como alguns então publicaram, sem nunca terem dito como haviam sabido dos pormenores do 'assalto' (como é natural, era impossível denunciar os próprios “assaltantes”, pois só eles poderiam descrever o 'assalto').

"Como insistem em manter o facto de ter havido um rombo na rede de proteção dos paióis, como justificação da existência de assalto. Só que continuam a não explicar como é que os “assaltantes” passaram na outra rede de protecção, sem fazerem qualquer buraco na mesma…", realça ainda o capitão de Abril. 

Neste sentido, Vasco Lourenço pede honestidade e o fim da especulação neste caso. "Sejamos honestos! Não especulemos mais com acontecimentos que todos 'vemos' terem sido inventados!".

"Deixem-se de 'exigir esclarecimento total'! Deixem-se de 'ver' o assunto como uma grave questão de Estado, no âmbito da Segurança Nacional! Deixem-se de admitir a hipótese da nomeação de uma Comissão Parlamentar de inquérito!", prossegue.

"Querem mesmo resultados?", questiona, sugerindo que se "comece por impor as averiguações que levem à descoberta de quem montou a farsa". Quando assim for, está convicto Vasco Lourenço, "poderão ficar surpreendidos, ao constatar que quem o fez são alguns dos mesmos que agora mais gritam contra a falta de resultados nas investigações!"

"O ataque político ao Governo e à Geringonça é normal, admissível e legítimo. Mas, não vale tudo, não pode valer tudo!", remata, por fim. 

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