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Líder islâmico exige acesso livre à Esplanada das Mesquitas de Jerusalém
Um líder muçulmano de Jerusalém afirmou hoje que os fiéis irão boicotar a ida à Esplanada das Mesquitas até que Israel remova as novas barreiras e câmaras instaladas após um ataque.
© Reuters
Mundo Ikrema Sabri
O chefe do Comité Supremo Islâmico (CSI), Ikrema Sabri, salientou que, mesmo depois de Israel ter retirado os detetores de metais dos locais que davam acesso ao templo sagrado, são necessárias mais medidas.
Sabri garantiu que os protestos religiosos vão continuar até que as portas de acesso ao templo sejam totalmente abertas, acabando-se com os corredores com barreiras e com a ponte de ferro e pondo também termo às câmaras de segurança instaladas recentemente no local.
O líder religioso adiantou que um advogado, em nome da administração muçulmana do templo sagrado, está a efetuar várias reuniões com a polícia israelita para tentar impor as exigências.
"Não entraremos na mesquita até que tudo seja retirado. Aguardamos agora a resposta da polícia", disse Sabri à agência Associated Press (AP).
As exigências deixam no ar a possibilidade de novos protestos, uma vez que se aproxima sexta-feira, dia da semana em que os fiéis muçulmanos efetuam as tradicionais orações na Esplanada das Mesquitas, ameaçando estender uma crise que Israel anseia por resolver.
No início do mês, Israel instalou novas medidas de segurança após um atirador árabe ter abatido a tiro dois polícias dentro da área do templo.
Inicialmente, Israel instalou detetores de metais nas vias de acesso ao templo, mas a pressão popular e os protestos acabaram por levar Israel a retirá-los, trocando-os por câmaras de segurança.
Israel argumenta que as medidas foram uma "resposta natural e necessária" para evitar futuros ataques, enquanto os palestinianos referem que as autoridades israelitas pretendem expandir o controlo do templo.
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