Austrália admite possibilidade de regresso dos filhos de jihadistas
O primeiro-ministro da Austrália, Malcolm Turnbull, deixou hoje aberta a porta ao regresso ao país de filhos de australianos que combatem nas fileiras do grupo extremista autoproclamado de Estado Islâmico (EI) ainda que sob "estreita supervisão".
© Reuters
Mundo Malcolm Turnbull
"Aqueles que foram explorados [para as campanhas do EI], se são australianos, podem regressar à Austrália, mas sob a mais próxima supervisão possível", afirmou Malcolm Turnbull em conferência de imprensa.
A afirmação de Turnbull surgiu em resposta ao caso particular do filho, de 06 anos, do extremista australiano Khaled Sharrouf, que foi fotografado junto ao cadáver de um homem crucificado para promover o EI.
A imagem, divulgada na noite passada pelo Canal 7, mostra um cartaz pendurado no pescoço da vítima com a mensagem "Colaboração com os cristãos. O castigo, a execução", foi qualificada pelo líder australiano como "deplorável" e uma mostra da "profundidade da barbaridade, crueldade e selvagismo do EI".
Não é a primeira vez que Sharrouf utiliza os seus filhos para campanhas do EI desde que, em 2013, viajou para a Síria, para onde seguiu posteriormente a sua mulher, Tara Nettleton, a qual terá morrido em 2016, e os seus cinco filhos.
Um dos menores apareceu com um cinturão de explosivos a proferir ameaças contra a Austrália num vídeo intercetado há duas semanas pelos serviços de informações, enquanto numa outra imagem, de 2014, segurava uma cabeça decapitada.
A avó das crianças Karen Nettleton procura o regresso à Austrália dos netos.
A Austrália elevou o alerta de terrorismo para "alto" em setembro de 2014 e desde então tem reforçado a segurança e aprovou uma série de leis antiterrorismo para evitar atentados em solo australiano, que foi palco de uma série de ataques isolados.
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