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EUA, Reino Unido e Israel continuam "inimigos" do Irão

O guia supremo iraniano afirmou hoje que Estados Unidos, Reino Unido e Israel "continuam a ser os inimigos" do Irão, ao discursar nas cerimónias do 27.º aniversário da morte do fundador da república islâmica, ayatollah Ruhollah Khomeini.

EUA, Reino Unido e Israel continuam "inimigos" do Irão
Notícias ao Minuto

11:53 - 03/06/16 por Lusa

Mundo Guia

"Os maléficos Estados Unidos e Reino Unido e o regime sionista sinistro e canceroso (...) são os principais inimigos" do Irão, afirmou o ayatollah Ali Khamenei perante dirigentes do país e milhares de pessoas que se reuniram em Teerão junto ao mausoléu de Khomeini, falecido em 1989.

Khamenei, que sucedeu a Khomeini, acusou os Estados Unidos de "desrespeitar" o prometido no acordo nuclear assinado juntamente com outras potências mundiais no quadro do Grupo 5+1 - que integra também Reino Unido, França, Rússia, China e Alemanha - entendimento assinado em julho de 2015 e que entrou em vigor em janeiro deste ano.

Pontuando o discurso com frases hostis aos norte-americanos e israelitas - "morte aos Estados Unidos" e "morte a Israel" -, Khamenei defendeu que ninguém pode esquecer-se da experiência que foram as negociações sobre o programa nuclear iraniano.

"Negociamos com o «5+1» e mesmo separadamente com os Estados Unidos. Obtivemos resultados. O Irão respeitou os seus compromissos, mas os norte-americanos, que não são fiáveis nem credíveis, têm-se esquivado a cumprir a sua parte", disse, aludindo ao programa nuclear, aos direitos humanos, terrorismo e questões regionais.

Segundo Ali Khamenei, quem negociar com os Estados Unidos "cometerá um grande erro e receberá uma estalada".

Após a entrada em vigor do acordo nuclear, grande parte das sanções internacionais foram levantadas pelas Nações Unidas, União Europeia (UE) e Estados Unidos.

No entanto, a UE e os Estados Unidos ainda mantêm sanções ligadas ao programa nuclear iraniano, à situação dos direitos humanos e ao alegado apoio de Teerão a grupos armados, como o Hezbollah libanês, que os norte-americanos qualificam como "terroristas".

Em particular, o Irão acusa os Estados Unidos de não fazerem o necessário para tranquilizar as grandes instituições bancárias internacionais que se mostram ainda receosas em apoiar a economia iraniana por "medo" de medidas punitivas dos norte-americanos.

Hoje, Khamenei insistiu na necessidade de utilizar as reservas internas do país para relançar a economia, pondo de lado os investimentos estrangeiros.

"Após o acordo nuclear, os Estados Unidos disseram que o Irão devia ser integrado na economia mundial. Mas será que essa economia é justa e racional? Certamente que não. Essa economia é sustentada pelos capitalistas sionistas para pilhar os recursos do mundo", afirmou.

Para Khamenei, a integração do Irão na economia global "não é um orgulho", mas sim um "erro e um fracasso", admitindo que os investimentos estrangeiros "são necessários", mas que "não podem condicionar" tudo o resto.

Segundo o presidente iraniano, Hassan Rohani, são necessários investimentos estrangeiros de entre 28 e 45 mil milhões de euros para que o Irão atinja um crescimento económico de 8%. O atual crescimento da economia iraniana está calculado em 1%.

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