UE pede a Colômbia que encontre responsáveis por morte de Miguel Uribe

A União Europeia (UE) expressou hoje as mais "profundas condolências" à família do senador colombiano Miguel Uribe Turbay e pediu uma investigação para "levar à Justiça" rapidamente os responsáveis pelo homicídio.

Kaja Kallas

© Thierry Monasse/Getty Images

Lusa
12/08/2025 15:45 ‧ há 2 horas por Lusa

Mundo

Miguel Uribe Turbay

"A UE expressa as mais profundas condolências e solidariedade à família do senador Miguel Uribe Turbay e à população da Colômbia", dá conta um comunicado de um porta-voz da alta representante da UE para a diplomacia.

 

A União Europeia considerou que "é importante que as autoridades colombianas continuem os esforços para identificar rapidamente e levar à Justiça os instigadores e todos os responsáveis" pelo homicídio do senador que queria ser candidato à Presidência da República da Colômbia.

A UE pediu também a "proteção de todos os candidatos políticos e figuras públicas" e a rejeição do discurso que polariza a política colombiana.

Autoridades colombianas lamentaram a morte do senador e pré-candidato presidencial Miguel Uribe Turbay, ocorrida na madrugada de segunda-feira, e reiteraram o compromisso de esclarecer o crime perpetrado a 07 de junho.

A Procuradoria-Geral anunciou que o caso será classificado como "magnicídio", homicídio de uma pessoa de grande relevância política ou social, e que pedirá uma nova audiência de acusação contra os detidos, a quem imputará homicídio agravado, crime que implica penas mais severas.

Uribe Turbay, senador pelo partido de direita Centro Democrático, sofreu dois disparos na cabeça e um na perna esquerda durante um comício político em Bogotá.

Pelas lesões sofridas, permaneceu 64 dias internado na Fundação Santa Fé, onde morreu às 01:56 locais (07:56 de Lisboa) de segunda-feira, depois de o seu estado se ter agravado no sábado devido a uma hemorragia no sistema nervoso central.

A procuradora-geral, Luz Adriana Camargo, afirmou que "o autor material e os que participaram na preparação e planeamento do magnicídio já respondem perante a justiça" e que continua a investigação para identificar os mandantes, "sem descartar nenhuma hipótese", referindo-se a suspeitas levantadas pela polícia de que a guerrilha Segunda Marquetalia, dissidência da antiga guerrilha FARC, possa estar por trás do atentado.

Entre os seis detidos estão o autor material do crime, um adolescente de 15 anos detido no local com a arma usada no ataque, e Elder José Arteaga Hernández, conhecido como "el Costeño", apontado como coordenador do atentado.

O ministro da Defesa, Pedro Sánchez Suárez, sublinhou, por sua vez, que "os violentos não intimidarão nem silenciarão as vozes políticas que a democracia requer".

"As nossas instituições continuarão a trabalhar arduamente para identificar e levar à justiça todos os responsáveis por este atentado e não permitiremos que os violentos intimidem ou silenciem as vozes políticas de que a nossa democracia necessita", acrescentou.

A Presidência colombiana também apresentou "as mais sinceras condolências" à família do político de 39 anos através do seu canal oficial na rede social X, com o Presidente, Gustavo Petro, de quem Uribe Turbay era um crítico acérrimo no Senado, a considerar tratar-se de "uma derrota" para o país.

"O procurador-geral do país, Gregorio Eljach, lamentou o assassínio e sublinhou que ocorreu em circunstâncias "repudiáveis" que devem ser esclarecidas "no mais curto espaço de tempo, para o bem da Colômbia e do seu processo democrático".

Entretanto, a Câmara Municipal de Bogotá decretou três dias de luto em homenagem a Uribe Turbay. 

Uribe Turbay é neto do antigo presidente liberal Julio César Turbay e filho da jornalista Diana Turbay, assassinada em 1991 após seis meses de cativeiro pelo cartel de Medellín. 

Morreu Miguel Uribe, candidato presidencial colombiano alvo de ataque

Morreu Miguel Uribe, candidato presidencial colombiano alvo de ataque

Miguel Uribe foi alvo de um ataque em junho. Estava internado há dois meses.

Andrea Pinto | 11:20 - 11/08/2025

Leia Também: Secretário-geral da ONU pede que Colômbia garanta eleições pacíficas

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