O secretário-geral da ONU, António Guterres, "insta as autoridades colombianas a tomarem todas as medidas necessárias para garantir eleições nacionais pacíficas, incluindo garantias para a segurança de todos os candidatos", de acordo com um comunicado do porta-voz Stéphane Dujarric.
O secretário-geral da ONU lamentou a morte do senador e candidato presidencial colombiano Miguel Uribe Turbay, na sequência do ataque de 07 de junho em Bogotá.
Miguel Uribe, de 39 anos, foi baleado duas vezes na cabeça e uma vez na perna esquerda durante um evento político antes das eleições presidenciais de 2026, nas quais era candidato pelo partido de direita, Centro Democrático, em oposição ao atual Presidente colombiano, Gustavo Petro, do partido de esquerda, Colômbia Humana.
António Guterres expressou ainda as condolências à família de Miguel Uribe Turbay e ao povo colombiano e pediu que o atentado contra o senador "seja totalmente investigado e os responsáveis sejam responsabilizados", de acordo com a mesma nota.
Também o alto comissário da ONU para os Direitos Humanos, Volker Turk, manifestou "choque e tristeza" pela morte do candidato presidencial e exigiu que as próximas eleições se realizem "num clima livre de violência, permitindo uma participação segura e inclusiva", de acordo com uma mensagem na rede social X.
O Ministério Público colombiano indicou que pelo menos 10 pessoas estiveram envolvidas na preparação e execução do ataque, avançou a agência de notícias Europa Press.
O Ministério Público colombiano classificou o crime como homicídio, pelo qual estão detidas seis pessoas, incluindo o suspeito autor do crime, um adolescente de 15 anos, enquanto prosseguem as buscas pelos responsáveis, de acordo com a agência de notícias EFE.
O alegado mentor da tentativa de homicídio José Arteaga Hernández, conhecido como El Costeño, também foi detido.
A Colômbia é o terceir país do mundo com maior número de pessoas deslocadas devido à violência, apenas atrás do Sudão e da Síria.
No final do ano passado foram registados 7,3 milhões de deslocados internos, o equivalente a 14% da população colombiana de 51 milhões de habitantes, de acordo com o Gabinete da ONU para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHOA).
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