"Parem a guerra em Gaza!", apela o movimento Comandantes pela Segurança de Israel nuna carta assinada por 550 antigos chefes dos serviços de espionagem, militares, polícias e diplomatas.
Esta guerra "deixou de ser uma guerra justa e está a levar o Estado de Israel a perder a sua identidade", alerta Ami Ayalon, antigo diretor do Shin Bet, o serviço de segurança interna, num vídeo divulgado pelo mesmo movimento para acompanhar a publicação da carta.
Três ex-chefes da Mossad, os serviços secretos israelitas (Tamir Pardo, Efraim Halevy, Danny Yatom), cinco ex-líderes do Shin Bet (Nadav Argaman, Yoram Cohen, Ami Ayalon, Yaakov Peri, Carmi Gilon) e três ex-chefes do Estado-Maior (Ehud Barak, Moshe Bogie Ya'alon, Dan Halutz) estão entre os signatários da carta e aparecem no vídeo.
"Em nome da CEI, o maior grupo israelita de ex-generais do exército, Mossad, Shin Bet, polícia e corpos diplomáticos equivalentes, instamos-vos a terminar a guerra em Gaza. Fizeram-no no Líbano. É tempo de o fazerem também em Gaza", afirmam.
"As FDI (forças armadas israelitas) já alcançaram há muito tempo os dois objetivos que poderiam ser alcançados pela força: desmantelar as formações militares e o governo do Hamas", consideram os membros da CEI.
"O terceiro, e mais importante, só pode ser alcançado através de um acordo: trazer todos os reféns para casa", sublinham.
Dizem acreditar que o Hamas já não representa uma ameaça estratégica para Israel, que "tem tudo o que precisa para gerir as suas capacidades terroristas residuais, remotamente ou não".
"Rastrear os restantes oficiais seniores do Hamas pode ser feito mais tarde", mas os "reféns não podem esperar", insistem os antigos generais e chefes dos serviços de espionagem.
Apelam ainda à formação de uma coligação regional e internacional que ajude a Autoridade Palestiniana a oferecer aos residentes de Gaza e a todos os palestinianos "uma alternativa ao Hamas e à sua ideologia perversa".
Leia Também: Trump divulgará esta semana novos nomes para FED e estatísticas do Trabalho